Quer passear com seu gato? Pode, mas isso exige treinamento e cuidados

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Pet Brasil, a população de pets que mais cresce no Brasil, e no mundo, é a de gatos. Alguns fatores explicam esse aumento: gatos se adaptam melhor a lugares menores; não procuram interação constante com seu dono; e não há necessidade de passear com eles. Ou será que há?

Você pode estar se perguntando, e se eu quiser levar meu gato para passear?

A médica-veterinária Vanessa Zimbres, sócia-proprietária da clínica Gato é Gente Boa, explica que não é comum, mas as pessoas podem passear com seus gatos, sempre zelando pela segurança deles. “[Os gatos devem ser] acostumados desde jovens a passear. Porém, muitos gatos, mesmo que acostumados, não vão gostar muito de sair para fazer esses passeios, como os cães, e, dificilmente caminharão como cães fazem”, destaca Zimbres. 

Caso decida levar seu gato para passear, é importante deixá-lo sempre na coleira, que deve ser do tipo peitoral, adequadas ao tamanho do gato e usadas somente para o passeio. A especialista destaca que passeios sem supervisão e voltinhas são totalmente contra indicados.

Para Zimbres, “se o gatinho for acostumado desde filhote, ele pode aprender a passear sim, porém, no tempo dele e sem forçá-lo. O ideal é que ele se acostume com a peitoral em ambiente conhecido e ir ampliando a área de passeio aos poucos. Provavelmente eles vão se assustar, portanto devem ter a oportunidade de se esconderem caso se sintam inseguros.”

5 pilares para ter gatos saudáveis

Se pretende adotar um gato ou deseja melhorar a qualidade de vida do seu pet, Zimbres recomenda começar pelos 5 pilares das necessidades ambientais mínimas dos felinos:

  1. Fornecer um lugar seguro para se refugiarem quando se sentirem vulneráveis, ou seja: tocas e locais referencialmente altos para que o gato tenha uma visão panorâmica do ambiente em que vive;
  2. Recursos ambientais múltiplos e separados: ou seja cama, toca, caixa de areia, comedouro, bebedouro e brinquedos em, pelo menos, o número de gatos + 1 sobressalente.
  3. Oportunidade para brincadeiras de caça e exercitar o instinto predatório: com brinquedos que simulam a presa, brincar junto com eles por 15 minutos diariamente e trocar esporadicamente os brinquedos;
  4. Fornecer interação humano-gato positiva e é aí que entra a questão do passeio: nunca forçar o gato a fazer nada que o desagrade: respeitar a personalidade de cada indivíduo;

5. O ambiente deve respeitar o olfato do gato: gatos usam o olfato para demarcar o território e se sentirem seguros em seu espaço: portanto não tirar o cheiro do gato com banhos ou perfumes, evitar qualquer aromatizante no ambiente, perfumes e isso inclui o uso de areias perfumadas.

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