Você comprou seu aquário, escolheu as espécies ideais para o ambiente, fez a adaptação dos peixes, mas algo não está certo. Um deles parece nadar de forma estranha, às vezes de lado ou de cabeça para baixo. Talvez ele esteja muito lento ou muito quieto. Se este é o caso, atenção: o nado irregular normalmente indica algum distúrbio, que necessita de tratamento.
Em primeiro lugar, é importante verificar se o estilo do nado é uma característica da espécie. Kinguios Telescópios, por exemplo, tendem a nadar mais lentamente do que outros peixes da mesma variedade. Já a posição de cabeça para baixo e estômago para cima é normal para o Chilodus punctatus.
Se não é o caso dos seus peixes, o nado de ponta-cabeça ou de lado pode ser sinal de alguma doença bacteriana, parasitas, transtorno na bexiga natatória ou mesmo a falta de nadadeiras, muitas vezes perdidas por causa do ataque de outros peixes ou por enfermidades.
Doenças causadas por fungos, como Íctio, que causa pontos brancos no corpo do bichinho, também podem fazer com que ele perca o senso de direção e comece a nadar de lado. Estresse causado pela mudança brusca de aquário ou pela entrada de um novo animal também está relacionado a problemas de nado irregular.
Outro tipo comum de nado irregular são os movimentos em forma de “parafuso”, quando o peixe fica girando em torno de si mesmo. Nesse caso, o diagnóstico pode ser mais preocupante, como uma doença virótica ou bacteriana grave, e indica que o transtorno atingiu o sistema nervoso do animal. Assim, a saída pode ser, infelizmente, a eutanásia.
Na maioria dos casos, o controle da alimentação, da temperatura e do pH da água pode estar ligado à melhora do peixe. No caso de doenças, o veterinário é a melhor pessoa para determinar o tratamento. Para o Íctio, por exemplo, existem antiíctios à venda em Pet Shops e lojas especializadas.
Se for identificado que seu peixe sofre de alguma doença, o primeiro passo é isolá-lo em um aquário hospital, para evitar que a enfermidade se espalhe (no caso de vírus, bactérias e fungos) e que a presença de outros peixes piore a condição; algumas espécies mais agressivas podem atacá-lo.