Assim como no caso dos humanos, as terapias complementares estão sendo utilizadas em tratamentos de saúde dos pets. O uso de óleos essenciais é uma delas e, cada vez mais, estão sendo integrados aos protocolos tradicionais da veterinária. Eles são extraídos de plantas e podem ser usados em tratamentos tópicos ou na aromaterapia.
“A Medicina Veterinária tem cada vez mais utilizado tratamentos alternativos para auxiliar na recuperação de animais que estão doentes ou com problemas comportamentais. Os óleos essenciais são uma dessas ferramentas, e já existem estudos que relacionam os benefícios da terapia para os pets”, assinala Renata Pinheiro, médica-veterinária especialista em Gestão de Saúde na Guiavet.
No entanto, devido à origem natural, muitas pessoas acreditam que essas substâncias são sempre inofensivas. Não é bem assim: o uso inadequado oferece riscos à saúde dos animais, que podem ser intoxicados por alguns compostos, como os óleos cítricos, ou pela dosagem incorreta.
Além disso, o resultado depende da espécie e do quadro de saúde. Por isso, seu uso deve ser sempre acompanhado por um médico-veterinário especializado em terapias complementares.
“Além de serem de uma espécie diferente da nossa, com requerimentos de saúde diferentes, os animais normalmente são bem menores e, muitas vezes, possuem limiares de tolerância diferentes dos nossos, podendo chegar a quadros de intoxicação. Por isso, alguns óleos são muito tóxicos para eles em caso de lambeduras ou contato, enquanto outros podem ser utilizados, só que em doses bem menores que a humana”, explica a especialista.
Alguns sinais de intoxicação são letargia, salivação excessiva, vômitos e dificuldades respiratórias, além de lesões na pele e mucosas.
Existem óleos essenciais para várias finalidades, entre elas, cicatrizantes com potencial antibiótico e antifúngico, calmantes e estimulantes. O de lavanda, por exemplo, é muito utilizado no tratamento de pets ansiosos. Vale lembrar, porém, que o uso dessas substâncias não deve substituir os demais protocolos prescritos pelo médico-veterinário.
Após a prescrição do especialista, também é preciso ter cuidado ao escolher a marca. “O óleo essencial deve conter em seu rótulo a identificação da marca que produziu, a composição detalhada contendo o nome da planta e o seu nome científico, e deve ser mantido em frascos que não permitam a passagem da luz”, afirma Renata Pinheiro, da Guiavet.