A obesidade entre brasileiros tem crescido nos últimos anos. E a mesma tendência parece estar atingindo também os pets. Você já reparou que há mais cachorrinhos gordinhos por aí?
Longe de ser uma coincidência! Os pets, afinal, se adaptam à nossa rotina. E se você não tem o costume de passear com seu cão ou enche seu gatinho de guloseimas, é quase certo que eles ficarão com sobrepeso.
“As principais causas de obesidade em animais são, de fato, alimentação inadequada, excesso de petiscos e falta de atividade física”, afirma Juliana Corrêa Bulhões, médica veterinária do Hospital Veterinário, Pet Shop & Hotel Sena Madureira.
Medições
A obesidade é sempre um fator preocupante, pois leva ao desenvolvimento de problemas endócrinos, como diabetes, problemas cardiovasculares, alterações articulares e, por fim, à redução da sobrevida do animal.
Mas como saber se o meu está com sobrepeso?
O peso ideal do pet é baseado no escore de sua condição corporal (ECC) que varia de 1 a 9. O índice ideal está entre 4 e 5. Abaixo disso o pet está magro e acima disso, gordinho – de 7 a 9 é considerado obeso.
O ECC permite verificar a quantidade de gordura do pet. É possível medi-lo ao passar as mãos pelas suas costelas. Nós recomendamos que, ao fazer aquelas visitas de rotina ao médico veterinário, você peça para que ele constate o ECC do bichinho.
Recomendações
Para evitar que seu pet ganhe mais peso do que deveria, siga algumas dicas básicas:
- Ofereça uma alimentação de qualidade, considerando o peso do animal e seu nível de atividade física. Fracione as necessidades diárias em pelo menos duas refeições.
- Cuidado com os petiscos. Eles são importantes para recompensar bom comportamento, mas não exagere – ou seu pet vai deixar a ração, mais nutritiva, de lado. Ah, e nada de dar pizza ou coxinha para seu pet hein!
- Para cachorros, realize passeios diários e estimule brincadeiras que o coloquem em movimento – como buscar a bolinha. Para gatos, é importante enriquecer o ambiente com brinquedos e objetos para que ele pule e se divirta por todo canto.
“Em caso de animais obesos ou com sobrepeso, é necessário acompanhamento com médico veterinário para a instituição de um protocolo eficaz, com o uso de dietas terapêuticas e atividades físicas”, diz Juliana.
Por fim, é importante ter uma preocupação especial com animais mais velhos, que têm maior predisposição à obesidade devido ao metabolismo ser mais lento.
“Esses animais tendem a dormir por um tempo maior e, com isso, a alimentação deve ser controlada com mais rigor”, aponta Juliana. “O gasto energético com atividades físicas também é uma forma importante no controle de peso de animais idosos, mas, devido à sua condição especial, devem ser feitas segundo a orientação de um especialista”.