Muitos apaixonados por felinos já passaram por momentos de preocupação quando eles recusam a comida. A perda de apetite em gatos pode ser um sintoma de problemas de saúde, mas também pode ser causada por fatores menos graves.
Para explicar com mais detalhes o tema, conversamos com Estela Pazos, médica-veterinária especialista em felinos, que deu algumas dicas de como reverter essa situação. “Inicialmente podemos oferecer um alimento que o gato goste muito, aquele favorito, que geralmente é o alimento úmido. Observe se o gato está bebendo água, urinando, defecando e se há alguma alteração de comportamento”, afirma Estela.
As mudanças de comportamento podem estar relacionadas a problemas de saúde, como o gato ficar muito quietinho, dormir além do normal, se esconder e mudar sua rotina – o melhor é sempre buscar um veterinário para uma avaliação.
Causas
“A falta de apetite pode ser resultado de diversos problemas de saúde, os mais comuns são dor de dente, doença renal, doença hepática, pancreatite, colangite (tipo de inflamação no fígado) gastrite, doença intestinal inflamatória, entre outras causas. Pode ter origem comportamental, mas não é tão comum”, explica a especialista.
Além de problemas relacionados à saúde, essa falta de apetite pode ocorrer caso o alimento não agradar, se estiver velho e sem odor (nunca deixe o alimento exposto por muito tempo), se o comedouro não estiver confortável (gatos se incomodam quando o comedouro encosta em seus bigodes), se o alimento estiver próximo a caixa de areia (são muito sensíveis a odores), se estiver em um local com muito barulho ou agitação (o gato precisa sentir segurança ao se alimentar) e se o alimento tiver textura ou formato que dificulte a ingestão.
É possível tentar essas medidas em casa, mas não espere mais que 24 horas sem o gato se alimentar para buscar ajuda veterinária, afinal, quanto antes tratar a causa, mais rápida será a recuperação de seu pet.
Riscos
“Os gatos possuem um metabolismo diferenciado dos outros animais. Um dos aspectos é que o organismo não consegue lidar bem com a mobilização da gordura corporal para se tornar fonte energética. Essa gordura se acumula no fígado, que tem suas funções drasticamente diminuídas, levando a icterícia, náuseas, mal-estar e, consequentemente, mais perda de apetite”, completa Estela.