Cães são realmente criaturas especiais. Além de companheiros e carinhosos, muitos deles possuem características únicas, o que lhes permite desempenhar tarefas fundamentais a nós, humanos.
Estamos nos referindo aos cachorros profissionais, cuja atuação é decisiva para o bem estar e a sobrevivência de muitas pessoas. Esses cães também gostam de brincar e ganhar petiscos, claro, mas sabem separar bem a diversão do trabalho.
Hoje falaremos um pouco mais de quatro profissões caninas das mais famosas: o cão-guia, o cão-policial, o cão-farejador e o terapeuta.
Cão-terapeuta
Para ser um terapeuta, o cachorro pode ser de qualquer raça e tamanho. No entanto, precisa ser afetivo com humanos e gostar de receber carinho. De cabeça já pensamos em muitos candidatos, não é?
Além disso, também precisar ser castrado, adestrado (ou seja, entender comandos como senta, deita e fica) e estar pronto para a socialização em diversas situações, visando sempre o bem estar dos pacientes.
Esses cachorrinhos trabalham em benefício de outras pessoas, independentemente da existência de alguma patologia. Ajudam como apoio terapêutico crianças, adultos e idosos com problemas emocionais, mentais, cognitivos e físicos. Podem atuar em hospitais e clínicas em geral, em escolas – mesmo com pessoas especiais -, em empresas e mesmo em prisões. O campo, como se poder ver, é bastante vasto.
Cão-guia
O famoso cão-guia funciona como os olhos de seu tutor. Ele o orienta em casa e, principalmente, na rua, discernindo e desviando de eventuais obstáculos até o destino final.
O labrador e o golden retriever são as raças mais procuradas, mas também é possível treinar o pastor alemão ou borders collie. Em geral, são escolhidos cachorros pacientes e de temperamento dócil, que não se assustam com facilidade. Devem, ainda, ser de médio ou grande porte, afinal, é preciso ter alguma força para guiar os humanos.
Vale sempre lembrar: embora super fofos, não é recomendável brincar ou acariciar os cães-guia. Como eles estão a trabalho, e exercem uma tarefa importantíssima, não podem ser distraídos. Na dúvida, pergunte ao tutor se aquele é um momento adequado para a interação.
Por fim, destacamos que, segundo lei publicada em 2005, toda pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e de permanecer com o cão-guia em quaisquer estabelecimento ou meios de transporte. Se você presenciar algum episódio que contrarie essa norma, reclame! O tutor e o cãozinho merecem!
Cão-policial
Assim como os cães-guia, os cães-policiais são ensinados desde filhotes, a partir dos quatro meses de idade. No começo, eles só se acostumam com seu futuro parceiro e tutor, brincando e convivendo com ele. Depois, é iniciado o treinamento, que consiste em obedecer ordens simples, como sentar, e complexas, como procurar um objeto com determinado cheiro.
Normalmente, esses cães trabalham nas seguintes ações: atacar e imobilizar suspeitos; reconhecer, pelo faro, drogas e explosivos; encontrar provas de cenas de crime e localizar pessoas desaparecidas.
O pastor alemão é o cão comumente utilizado para esse ofício, por ser sociável, resistente e apegado ao tutor/adestrador. No entanto, para tarefas específicas, outras raças podem ser utilizadas, como o dobermann, o rottweiler e mesmo o beagle – no caso, para a localização de explosivos e narcóticos.
Cão-farejador
Algumas raças chegam a ter 200 milhões de células olfativas – contra tão somente cinco milhões dos humanos. Por isso, elas são tão utilizadas para encontrar drogas, armas e mesmo pessoas desaparecidas ou sequestradas. Na tragédia de Brumadinho (MG), por exemplo, esses cãezinhos foram uma luz de esperança e alegria em meio a tanta tristeza.
As raças mais utilizadas pelos bombeiros são labradores, golden retreivers, border collies e pastores. Cada uma tem a sua vantagem: labradores e golden retreivers têm ótimo faro, mas se cansam mais rápido que os pastores. Já border collies, embora menores, são inteligentes e aprendem rápido.
E, bem, fique sabendo que como todo trabalhador esses cachorrinhos também se aposentam! Tanto os cães-guia, como os policiais e farejadores, costumam deixar a ativa quando alcançam entre oito e dez anos de idade. Quase sempre, os tutores e treinadores ficam eles – até porque é impossível não se apegar.
Aí é a hora de brincar e descansar. Enfim, de curtir as merecidas e definitivas férias!