De maneira mais simples, a giardíase é uma doença que prejudica o trato intestinal, causada pelo protozoário Giardia spp. – que acomete animais domésticos, silvestres e humanos.
O diagnóstico se dá através de exames de fezes (três amostras, em dias alternados) e testes rápidos, como o de detecção de antígeno de Giárdia, o qual é muito mais eficiente e detecta três vezes mais animais com o parasita do que métodos microscópicos tradicionais.
De acordo com Fabiana Pozzuto Poppi, mestre e doutoranda em Cirurgia Veterinária pela UNESP/FCAV, além de proprietária da Clínica Veterinária PoppiVet em Campina (SP), a transmissão ocorre pela via fecal-oral (ingestão de alimento ou água contaminada), portanto, sempre ofereça água de boa qualidade ao seu cachorro (mineral, filtrada ou fervida). A coprofagia (ato de ingerir fezes) é uma via significativa de infecção e autoinfecção.
“A diarreia é o sinal clínico mais comum e vem acompanhada de dor abdominal, podendo ocorrer de forma aguda, crônica ou em surtos intercalados com defecação normal. As fezes são pastosas ou liquefeitas e mal cheirosas, geralmente claras e acinzentadas, podendo conter muco. Uma parte dos animais e pessoas permanecem assintomáticos”, detalha Fabiana Poppi.
Além disso, a intensidade dos sinais varia com a idade, nível de estresse imunológico e estado nutricional. A infecção em jovens pode causar graves quadros clínicos e levar a óbito, principalmente quando ocorre em filhotes.
Tratamento
Existem vários medicamentos para o tratamento da giardíase, por exemplo, antibióticos e antiparasitários. “O objetivo é a eliminação dos sinais clínicos, da infecção e interromper a eliminação de cistos. Entretanto, animais assintomáticos, mas positivos, também necessitam de tratamento”, completa a médica veterinária.
E claro, vale lembrar que há uma vacina contra Giardíase, apenas para cães, disponível no Brasil. Consulte um médico-veterinário para obter informações sobre protocolos vacinais, eficácia e valores.