A equoterapia, nome dado à terapia assistida por cavalos, pode ser parte fundamental do tratamento e da manutenção da qualidade de vida de pessoas com deficiência ou doenças psicológicas. Ela traz benefícios psicomotores e sociais, uma vez que promove bem-estar, equilíbrio, autoconfiança e autoestima, e ajuda a desenvolver vínculos.
“O cavalo tem um movimento tridimensional, próximo ao caminhar humano, que ajuda no desenvolvimento motor, de consciência corporal e do equilíbrio, além de melhorar a postura. Isso porque ele tem passo rolado, marcado e ritmado com batida em oito tempos”, explica Liana Santos, diretora do GATI (Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada) Equoterapia.
Em relação à área mental, os benefícios estão relacionados principalmente à necessidade de tomada de decisões – para, por exemplo, puxar as rédeas e parar o animal – e mudança na percepção ambiental.
“O movimento tridimensional estimula simultaneamente os músculos anteriores, posteriores e laterais, e também o campo gravitacional. Isso promove a retificação e estimula o sistema nervoso do praticante, trabalhando a mente, o corpo e o equilíbrio ao mesmo tempo. O praticante também desenvolve vínculo, estimulando a parte social”, detalha Liana.
A equoterapia é recomendada para o tratamento de várias condições, como depressão, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Parkinson, e também sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e poliomielite. Além disso, pode ser indicada para pessoas do espectro autista, com síndrome de down e outras síndromes.
Vale lembrar que, segundo a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil), a equipe mínima para a terapia assistida por cavalos é composta por um psicólogo, um fisioterapeuta e um instrutor de equitação, que devem ser certificados pela entidade. A lei 13.830, de 2019, reconhece a equoterapia como método terapêutico.