O medo que os animais têm de barulho fica muito mais evidente durante as festas de fim de ano ou mesmo com trovões em dias de tempestade. Latidos, uivos e correria são um sinal de que o bicho não está confortável com a situação. Também, pudera, com uma capacidade auditiva maior que a dos seres humanos, eles sentem muito mais.
“Os cães conseguem detectar sons com frequências menores não audíveis aos seres humanos, além de terem uma frequência auditiva mais ampla, o que os torna muito mais sensíveis e perceptivos aos barulhos, dos mais estrondosos a ruídos”, explica a Dra. Anna Claudia Vargas, médica veterinária da clinica Bicho Mais Feliz, em Guarulhos.
O grande problema do medo que os animais têm de barulho é a forma como eles podem reagir. O bicho sai correndo desenfreadamente? Não obedece aos seus comandos? “Este animal pode se machucar gravemente tentando se esconder ou se proteger. Além de alterações comportamentais, há também alterações fisiológicas como taquicardia e dispneia. Essas alterações fisiológicas podem levar o animal a óbito se por ventura for cardíaco”. Raças de caça como os Terriers são as que exigem maior cuidado por terem maior sensibilidade auditiva e de faro.
A dica para evitar complicações maiores é conhecer o seu animal e reconhecer as situações que os deixam mais tranquilo. Para casos mais extremos, há ainda a possibilidade de uso de remédios, dos naturais até mesmo os controlados. “Na rotina clínica temos ótimos resultados com o uso de florais e medicamentos naturais, que auxiliam na manutenção dos níveis de excitação dos animais, deixando-os mais serenos. Nos casos mais graves o ideal é procurar a ajuda de um médico veterinário, que é o profissional mais habilitado em reconhecer o problema e então medicar o animal da forma mais satisfatória”, diz a Dra. Anna Claudia.