Tem uma parte no corpo do seu amicão ou bichano que merece cuidados especiais: a pata. É o maior ponto de contato dele com o solo e é preciso estar muito atento à higiene e fatores ambientais para evitar doenças que venham a se manifestar nesta área. Segundo a médica veterinária Yamê Miniero Davies, da Provet, os achados mais comuns nas patas de cães e gatos são alergias, causadas principalmente por fatores ambientais (plantas, insetos, produtos de limpeza) que levam ao aparecimento de lesões de pele chamadas dermatite.
Outro ponto a se observar é o estresse e a ansiedade, que podem gerar alterações comportamentais nos cães. “Eles podem morder e lamber compulsivamente a região das patas e provocar lesões graves”, destaca Yamê. Podem ocorrer também infecções de origem bacteriana ou fúngica em região interdigital (entre os dígitos) das patas, devido à presença constante de umidade e agentes infecciosos oportunistas, dando origem à pododermatite. O local afetado apresenta vermelhidão, prurido e aumento de volume, o animal sente dor moderada a intensa e pode evitar o apoio do membro em alguns casos. Além de todas as ocorrências citadas acima, deve-se descartar a presença de ectoparasitas (pulgas e carrapatos), que estão entre as principais causas de prurido e traumas na região das patas e que podem levar ao não apoio do membro.
Yamê dá alguns conselhos aos tutores para evitar problemas nesta região dos pets. O primeiro deles é realizar os passeios nas horas mais frescas do dia, devido à temperatura do solo e conforto térmico do animal. Caso o bichinho frequente o ambiente da casa ou apartamento, é recomendada a limpeza das patas com água e sabão e secá-las após este processo, para evitar contaminação do ambiente doméstico com sujidades externas. A veterinária lembra, ainda, que estão disponíveis no mercado alguns óleos e cremes desenvolvidos para cães e gatos à base de amêndoas e sementes de uva, que podem ser aplicados em região de coxins e cotovelos a fim de hidratar a pele ressecada destes locais.
Botinhas de proteção podem ser utilizadas para evitar o contato das patas do animal com alguma superfície de solo quente, áspero, ou até mesmo a contaminação com as sujeiras da rua durante o passeio. “O uso das botinhas irá depender da adaptação do animal, alguns pets não caminham normalmente, ficam com medo e não conseguem continuar o passeio confortavelmente, sendo desaconselhável o uso dos sapatos nestes bichos. Se o responsável for capaz de manter uma boa limpeza das patas do seu animal após os passeios, o uso das botinhas é dispensável”, observa a veterinária.
Agora você já sabe: os cuidados com o pet devem incluir atenção especial às patinhas!