Escolher o alimento mais adaptado para seu animal de estimação pode ser um trabalho árduo, principalmente com as inúmeras opções existentes no mercado. Neste aspecto, saber a diferença entre alimentos econômicos, standard, premium e superpremium é essencial.
Antes de mais nada, o tutor deve saber que essa classificação é comercial, explica o zootecnista João Paulo Fernandes. Isso quer dizer que cada empresa adota seus critérios de acordo com pesquisas e práticas setoriais.
Fernandes compara essa classificação a uma escada: o primeiro degrau é o alimento econômico (também chamado de popular); o segundo degrau, o standard; o terceiro, o premium; e o quarto, o superpremium. Quanto mais se sobe nessa escada, em geral, maior será o preço e a qualidade do produto.
O preço tem relação direta com a matéria-prima utilizada no produto. Assim, alimentos econômicos usam ingredientes mais baratos, e apresentem maiores teores de material mineral e fibras em sua composição, e têm percentuais mínimos de proteínas e lipídeos, por exemplo. “É preciso deixar claro, no entanto, que o alimento econômico é completo e balanceado. Ele atende os requisitos mínimos para a alimentação completa do animal e o tutor pode utiliza-las, as quais apresentam inúmeras vantagens em relação às dietas desbalanceadas”, explica Fernandes.
Já os alimentos superpremium apresentam densidade energética mais elevada, com isso, o animal precisa ingerir um volume menor de alimento, além disso, como apresentam digestibilidade mais elevada, o animal aproveita maior percentual de nutrientes e há menor volume de fezes.
Bem-estar
Na segmentação de alimentos premium e superpremium, a preocupação é ainda maior com a qualidade de vida dos animais. Esses produtos costumam ter aditivos que se relacionam a conceitos como saúde, bem-estar e longevidade do animal. Oferecem, por exemplo, benefícios como redução do odor das fezes, melhoria da microbiota intestinal e auxílio no controle do tártaro.
“Nessa escala, podemos dizer que os alimentos superpremium são a cereja do bolo”, explica Fernandes. “Eles têm digestibilidade, nível de nutrientes essenciais e palatabilidade muito altos, além das alegações funcionais. Também passam por testes e avaliações bastante críticos.”
Outra diferença importante está no uso de substitutivos. “Frente a uma variação no preço da matéria-prima, alguns ingredientes podem ser alterados nos alimentos, o que é comum na categoria econômica. Alimentos premium e superpremium não utilizam eventuais substitutivos, ou seja, têm fórmula fixa”, conclui Fernandes.