Dirofilariose. Esse é o nome da “doença do verme do coração”, que é transmitida por meio da picada de um mosquito infectado por vermes microscópicos denominados microfilária.
“No momento em que o mosquito se alimenta do sangue do animal, ocorre a transmissão da microfilária. A transmissão da doença também acontece através da placenta de fêmeas gestantes e por transfusão sanguínea. Esta é uma doença gravíssima, que leva o animal à morte porque os vermes ocupam as câmaras do coração e impedem o sangue de circular”, relata a médica-veterinária Gabriela Giraldi.
Segundo Giraldi, o que torna a doença tão grave, é o fato de, muitas vezes, ela ser assintomática na maior parte do tempo. Quando os sintomas começam a aparecer, a doença já está em estágio avançado, fazendo surgir quadros de dificuldade respiratória, cansaço fácil, taquicardia, desmaios e anemia.
O tratamento também é arriscado, podendo causar tromboembolismo. Além disso, existe a possiblidade de falência renal e hepática.
A melhor forma de prevenir a doença é evitar a picada de mosquito através de repelentes e medicamentos orais. Não existe vacina.
“A prevenção deve ser feita com medicamentos orais e repelentes nos pelos dos cães para evitar a picada do mosquito. Isso irá prevenir não só a doença do verme do coração, como também a leishmaniose e doenças que a pulga e o carrapato transmitem. A região litorânea é um local com maior prevalência de mosquitos infectados por microfilária, porque o verme sobrevive em áreas úmidas com temperatura superior a 18°C”, encerra Giraldi.