Você sabia que a cidade de Aleppo, na Síria, além da questão da guerra, também é conhecida mundialmente por causa de um pequeno animal? Isso mesmo: o hamster é originário do Oriente. E claro, as primeiras orientações para criar esse roedor, assim como para qualquer outro, é fazer tudo com muito amor e carinho, para que o animal tenha confiança e seja acostumado a subir na mão, interagir com o tutor e buscar alimentos.
Erica Couto, médica-veterinária Mestra da Clínica TUKAN, explica que a forma mais indicada para contenção de um hamster seria pelo “cangote”, caso o animal não esteja acostumado ao manejo. Porém, se ele está acostumado ao manuseio, pode-se segurar com a mão espalmada, lembrando que o tutor deve ter cuidado para que ele não caia.
Além de aprender a segurar o hamster corretamente e de dar muito carinho, a intimidade com o pet vai facilitar possível identificação de algumas doenças e eventuais problemas. Renata Sedano Fernandes, médica-veterinária de animais silvestres do Hospital Veterinário Sena Madureira, chama atenção para o crescimento contínuo da dentição. “Os dentes precisam de desgaste constante. Quando isso não ocorre naturalmente, temos problemas dentários (má oclusão) que podem provocar desde úlceras na cavidade oral até anorexia. Se for diagnosticado precocemente, é possível resolver o problema do animal sem grandes prejuízos”, diz. Ela ainda afirma que problemas dentários podem ter várias origens: genética, traumática ou serem decorrentes de infecções.
Outra atenção que o tutor deve ter é com a diarreia, comum na espécie, que pode ter origem bacteriana ou parasitária (verminose). “Se não for diagnosticada rapidamente, pode levar ao ‘prolápso de reto’, que, muitas vezes, requer procedimento cirúrgico para resolução do caso”, conta Renata.
Dermatites também merecem atenção especial no hamster. Elas podem ser ocasionadas por causa de pulgas, ácaros, fungos ou mesmo por traumas, que podem acontecer se houver brigas com outros animais. Para saber se o animal está com dermatite, Renata conta que é importante detectar coceira intensa, perda de pelos e, em alguns casos, feridas na pele.
Erica também enfatiza a atenção com possíveis problemas na pele do hamster. “Note sempre se há lesões na pele, secreções nos olhos, boca e narinas, além de odores. E, caso perceba algum desses itens, o animal deve ser levado ao veterinário especializado”.
O tutor também deve ficar atento às alterações do ambiente, principalmente quando percebe que o hamster está com dificuldade para respirar ou apresentar secreção nasal. Excesso de pó, fumaça de cigarro e locais fechados podem provocar doenças respiratórias.