Como cuidar da saúde do seu pet em cada fase da vida dele?

Ao adquirir um animalzinho de estimação, devemos estar cientes de que é um compromisso para toda a vida. Além de muito amor e carinho, devemos ter cuidados especiais durante todas as suas fases, desde a infância até o período da velhice. 

A médica-veterinária Beatriz Castro explica que, conforme o animalzinho vai crescendo, suas necessidades vão mudando e nossos cuidados devem mudar também.

FILHOTES

“Ao nascer, até os olhinhos abrirem, os filhotinhos, assim como um ser humano, são completamente dependentes das mães. Necessitam de um lugar limpo, calmo e seguro para que ela amamente e estimule o filhotinho a urinar e defecar. Nessa fase, devemos ficar de olho para saber se as mamães estão dando conta de cuidar de todos os filhotinhos adequadamente”, explica Beatriz. 

A veterinária também explica que até aproximadamente seus 20 dias, é muito importante que a mãe amamente todos os filhotes. “Após este período, os dentinhos começam a crescer e já pode iniciar a oferecer ração específica para filhotes, mas claro, esperando que a própria mãe conclua o desmame na época certa”, afirma. É importante não separar a ninhada até aproximadamente sete semanas, pois nesse período o animal está em fase de socialização.

Conforme vão se desenvolvendo, os filhotes vão abrindo os olhinhos e começam a responder mais a estímulos externos, andar e explorar o entorno – ficando pouco a pouco independentes, se tornando mais brincalhões e curiosos. 

“Quando completam seis semanas, aproximadamente, devemos começar o esquema vacinal. É interessante saber que até esse período, o animal está protegido com os anticorpos da mãe. A partir das seis semanas, estes anticorpos diminuem e a vacina começa a atuar”, esclarece a médica-veterinária.

A primeira vacina dos cães é a V8 ou V10, sendo três doses, com intervalo de 21 a 28 dias entre elas. Já com os gatos, a primeira vacina é a V4, sendo duas doses com intervalo de 21 a 28 dias. A partir dos quatro meses e após estas vacinas, o reforço é anual.

“Por volta dos seis meses de idade do animal, deve-se realizar a esterilização, para evitar problemas futuros”, aponta Beatriz.

Já a alimentação de um filhote deve ser própria para a fase de vida, oferecida adequadamente de acordo com o peso e dividida pelo menos três vezes ao dia, para que o animal não corra risco de entrar em hipoglicemia.

Segundo Beatriz, quando falamos em gatos, desde o primeiro momento em casa, é imprescindível pensarmos na proteção do ambiente familiar, com telas e proteções para que o animal não tenha acesso a rua e se mantenha protegido. “Por ser um animal que ficará em um ambiente mais controlado, é importante que ele tenha brinquedos interativos, playgrounds, arranhadores e outros, para que não se estresse e desenvolvam problemas de saúde”, completa.

Já os cães, após a conclusão das vacinas iniciais, é importante iniciar o processo de socialização e adestramento, para que ele aprenda a interagir adequadamente com outros animais e seres humanos.

INÍCIO DA FASE ADULTA

Quando o animal chega ao primeiro ou segundo ano de idade (depende do porte), ele alcança a idade adulta. “Inicialmente o animal ainda pode apresentar comportamentos infantis, considerado a adolescência do pet, porém aos poucos vai se tornando mais calmo e maduro”, indica a profissional. 

Nessa fase, devemos mudar a alimentação para ração de animais adultos ou castrados (se ele for), fazer atividades físicas regulares e visitas veterinárias anuais – além do reforço anual vacinal.

VELHICE

“Os cães e gatos, especificamente, quando alcançam os seus sete anos de idade, são considerados ‘iniciantes’ da fase geriátrica. Neste período, os animais começam a ficar mais lentos, passam a dormir mais e podem começar a apresentar alguns problemas de saúde”, explica.

Portanto, é necessário mudar a alimentação para uma ração de animais idosos, que possuem suplementos adequados para diminuir a incidência de doenças, além de serem mais moles para facilitar a mastigação.

“Apesar de estarem mais velhos, não podemos parar as atividades físicas deles, mesmo que menos intensas, pois mantê-los ativos deixam o animal mais saudável. Importante falar que o acompanhamento veterinário passa a ser semestral”, completa Beatriz.

Independente da fase da vida, deve-se estar ciente que um bom acompanhamento veterinário garante que seu animalzinho viva saudável por muitos e muitos anos.

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