A depressão é uma das condições que mais afetam pessoas ao redor do mundo – com números que não param de crescer. Diversos estudos já comprovaram, porém, que cães são ótimos companheiros para ajudar a combater a doença – e nós falamos com a médica veterinária Giovana Favaratti para entender um pouco melhor como isso funciona.
Segundo Giovana, o pet pode trazer muitos benefícios para alguém com depressão. “O tutor canaliza a atenção em outra coisa que necessita dele. Quando a pessoa tem depressão, muitas vezes ela entra em looping de pensamento e não consegue sair do estado de tristeza profunda, e o animal precisa de alimentação, carinho e exercício”, explica. “Ele também oferece amor incondicional, e a pessoa canaliza a atenção em um outro ser, para além de seus próprios problemas”, pontua. “O pet é ativo e muitas vezes diverte o tutor, mesmo de forma não intencional, o que colabora no combate à depressão”, comenta Giovana.
Outra coisa também pesa nessa luta, segundo a médica veterinária: o senso de responsabilidade. “O quadro depressivo acaba tirando a energia de muitas pessoas, e o pet gera um apego e um senso de necessidade e responsabilidade, trazendo uma força adicional para que o depressivo possa combater aquela condição”, comenta.
Será que existem contraindicações? Segundo Giovana, apenas em casos extremamente específicos: “Estas situações envolvem quadros em que os pacientes depressivos apresentam muitas características de agressividade – mas isso é raríssimo”, conclui.
Qualquer raça pode ajudar no combate à depressão – desde um vira lata até cachorros com pedigree -, mas algumas características que podem facilitar este processo são cães famosos por criarem mais apego, brincalhões e fáceis de ensinar.