Muitas pessoas ficam na dúvida entre ter um cachorro ou um gato. Mas você preferiu um peixe. E tudo bem!
Há vários cuidados que devemos ter para manter os peixinhos saudáveis e felizes. Mas um dos principais, sem dúvida, é a alimentação.
Que ração eu devo comprar? E em que quantidade? Que horas devo colocá-la no aquário?
Fica com a gente que te contamos tudo!
Antes de mais nada
Como destaca Rodrigo Rabello, medico veterinário especialista em animais silvestres do Hospital Veterinário Sena Madureira, o primeiro aspecto a ser considerado na hora de selecionar a ração é o hábito alimentar dos seus peixes.
Ele lista as seguintes opções:
Herbivoros: Alimentam-se de vegetais, algas, microalgas e macroalgas bentônicas ou fitoplâncton. Para os de água doce, quando em cativeiro, recomenda-se também a utilização de proteína animal periodicamente para evitar perda de peso.
Carnívoros: Dieta baseada em proteína animal, como insetos, moluscos e piscívoros – incluindo o canibalismo, que ocorre com frequência e tem importante função de controle de população.
Onívoros: Base alimentar vegetal e animal, com a predominância de alimentos variando de espécie para espécie.
Detritívoros: Alimentam-se de matéria orgânica animal em decomposição ou matéria vegetal em fermentação.
Iliófagos: São peixes que ingerem substratos, com aparelho digestivo adaptado.
É importante, enfim, que os peixes tenham uma alimentação nutritiva, que englobe uma série de vitaminas, tais como vitamina A (visão e pele), B1 (energia), B2 (digestão), B6 (coordenação motora), C (imunidade) e E (fertilidade).
Na hora de escolher
Existem diversos tipos de rações, como as granuladas e em flocos, além de opções de larvas, insetos, crustáceos e tenebrios. Segundo Rabello, é importante evitar rações com embalagens transparentes devido à oxidação causada pela luz. Ademais, após aberta, a ração deve ser utilizada em até três meses.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a densidade da ração, pois isso influencia no tempo que ela vai levar para afundar. Isso porque os peixes ocupam diferentes estratos dentro do aquário (superfície, meio e fundo) e se alimentam apenas nesses setores.
Quantidade de alimento
De acordo com Rabello, não há uma norma estrita sobre a quantidade exata de alimento. “Normalmente utiliza-se a regra dos três ou cinco minutos. Ou seja, após esse período avalia-se se a quantidade foi insuficiente, adequada ou em excesso”, diz.
Essa regra, porém, vale para aquários comunitários. Para os monoespécie, a quantidade deve obedecer às características individuais do animal. “Excesso de alimento, em razão das sobras, polui a água, desestabilizando todo o aquário. Trata-se de um erro muito comum”, justifica o médico veterinário.