Manter um aquário com lindos peixinhos pode ser um hobby relaxante e divertido, mas na hora de montar o seu aquário é importante refletir sobre as espécies de peixes que você vai adquirir, assim como a sua procedência.
Os peixes comprados em lojas podem ter três origens legais, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA): importação, aquicultura ou coleta na natureza. Todas as origens possuem sua legislação específica e, em caso de dúvida quanto à origem, o órgão sugere que o comprador se certifique da legalidade, solicitando ao vendedor as notas fiscais de origem, ou cópia das autorizações de importação ou cultivo.
No entanto, a médica-veterinária e bióloga especializada em aquarismo, Vilma Pereira da Costa, ressalta que o essencial é uma relação de confiança com o lojista. “Os peixes vêm às vezes de clientes que não querem mais o animal e desmontaram o aquário ou podem ser peixes nascidos na loja e, portanto, não têm documentação”, explica.
Outra forma de se assegurar que sua compra é legal é informar-se sobre a espécie de peixe comprada e pesquisar sobre sua frequente origem. É preciso também ficar atento às espécies que não são permitidas pelo IBAMA. “Algumas espécies são proibidas, como o Aruanã, que para capturar os filhotes é preciso matar o pai, que os protege dentro da boca. Outros peixes da nossa fauna também são proibidos e alguns importados também”, alerta a veterinária. Entre os peixes ornamentais proibidos pelo órgão estão ainda o Cascudo-zebra, Killifishes, Neon Goby e Gramma, entre outros. Mais informações podem ser conferidas no site do IBAMA.
Além da procedência, outras informações precisam ser verificadas na hora de montar o seu aquário. “Antes de adquirir peixes o melhor é fazer pesquisa na internet sobre comportamento e legalidade. Aquarismo é paciência, é calma. Não dá para ser feito com pressa”, aconselha a bióloga.