À primeira vista, o termo parece remeter a um cafezinho especial feito por gatos agricultores do topo das montanhas colombianas. Mas, na verdade, cat café é o termo que designa os cafés temáticos surgidos na China e Japão, cuja principal atração são os felinos circulando pelo ambiente.
De onde vieram os cat cafés
O conceito é bem recente e foi adotado pelos japoneses com o intuito de proporcionar relaxamento e momentos de ternura no dia a dia corrido das pessoas, por meio da troca de afeto e companhia de gatinhos – e também para compensar as rigorosas regras japonesas sobre a criação de animais de estimação.
O primeiro cat café da história do mundo surgiu em Taiwan, em 1998, mas foi nas terras japonesas que ele se tornou febre nacional e atração turística que atrai pessoas do planeta todo.
Atualmente, existem mais de trinta estabelecimentos deste tipo só na cidade de Tóquio. Geralmente, os cat cafés não vendem comidas e bebidas avulsas e funcionam na base de um tipo de “aluguel”. Ou seja, é cobrado um determinado valor por hora para que os visitantes possam brincar com os bichanos, usufruir das comodidades do local (como TV, videogame, computador, internet, livros e revistas) e consumir à vontade os salgadinhos e bebidas das máquinas disponíveis.
O café felino brazuca
A ideia caiu tanto no gosto das pessoas que o conceito atravessou continentes e chegou ao Brasil, em maio de 2014, mais precisamente na cidade de Sorocaba, interior do estado de São Paulo.
“Tinha uma gatinha – a Neguinha – que morava na empresa onde eu trabalhava e, em abril de 2013, ela teve um problema de saúde que fez com que eu a levasse diariamente ao veterinário para fazer curativos, durante uma semana. Em uma dessas idas ao veterinário, enquanto aguardávamos o curativo, pensei ‘gosto tanto de gatos… preciso achar alguma coisa pra fazer que esteja envolvida com eles’. E foi assim que surgiu a ideia de montar o Café com Gato”, relata Fabiana Alves Ribeiro, administradora de empresas e proprietária do cat café sorocabano.
Fabiana conta que é gateira assumida e já tinha visto em revistas e internet matérias falando sobre os cat cafés do Japão e de outros países. “Pensei em fazer um aqui no Brasil. Pesquisei bastante e vi que ainda não tinha nada parecido no País. Então, fui à vigilância sanitária e descobri que não poderia fazer um café com os gatos soltos, pois a regra brasileira diz que onde tem alimentos, não pode haver animais”, relembra.
Para não desistir do projeto e poder ter um estabelecimento que funcionasse conforme a legislação, Fabiana adaptou a ideia e montou um “aquário”, em que as pessoas podem observar e apreciar os bichanos, mas sem ter contato com eles.
“No momento, são nove gatinhos (Chocolate, Mocaccino, Capuccino, Chantilly, Milk, Espresso, Vanilla, Pingado e Canela) e estamos no processo de adoção do décimo e último membro da família Café com Gato. Além de um cardápio bem variado, também dispomos de uma loja com produtos e acessórios para felinos e também para gateiros”, conta a empresária.
A ideia deu tão certo que o lugar se tornou um ponto de encontro não só da “comunidade gateira”, mas também de pessoas que nunca haviam sido tutores de bichanos na vida. “O que mais me orgulho do Café com Gato são as diversas famílias que adotaram seus primeiros gatinhos depois que começaram a frequentar o nosso cat café”, celebra Fabiana.
E que surjam cada vez mais ideias bacanas como esta para inspirar pessoas a quererem cuidar dos nossos amigos felinos, né?