Cachorras e gatas grávidas precisam de uma ração especial?

No mundo dos humanos é muito importante que a futura mamãe tenha uma alimentação diferenciada para que o filho nasça saudável. Essa regra vale também para os animais de estimação, inclusive cachorras e gatas grávidas. Elas necessitam de uma dieta balanceada devido à necessidade nutricional do feto em desenvolvimento. A alimentação pode variar com a fase gestacional, é importante o uso de uma boa ração de adulto ou ração para animais convalescentes, além de suplementação vitamínica.   

 

Para Bianca Bennati, veterinária da clínica SPet junto à Cobasi São Bernardo Faria Lima, existem cuidados diferenciados na alimentação desses pets durante a gravidez que devem ser seguidos. “No terço inicial da gestação, pouca coisa irá mudar para cadela ou gata gestante, no quesito alimentação, apenas oferecer uma ração de boa qualidade já será suficiente. Já no terço médio e final da gestação, devido ao desenvolvimento fetal, é necessária uma mudança na ração, com um aumento no aporte calórico e suplementação de vitaminas, principalmente cálcio”, comenta.

 

A cadela ou gata gestante normalmente mantém um bom apetite durante toda a gestação, tendo uma diminuição apenas nos últimos dias, 48 a 72 horas antes do parto, sendo um sintoma comum da chegada do parto. “Para além da alimentação, é importante também visitar o veterinário semanalmente, se possível, durante a gravidez e amamentação, para analisar a condição da cadela e da gata, e verificar se suas necessidades nutricionais estão sendo supridas. 

 

Referente ao peso indicado para esse período, a especialista relata que dependendo do tamanho do animal, durante a gestação a fêmea deve engordar 25% do peso corporal, sendo um ganho de peso saudável. “Valores muito acima disso ou abaixo, podem indicar problemas de saúde ou nutricionais. Uma maneira de controlar é pesar as fêmeas a cada semana durante a gravidez e ajustar o tamanho da porção do seu alimento para refletir essa mudança de peso”, diz. 

 

Tipo de ração após a gravidez


Após o parto as puérperas continuam precisando de um aporte calórico um pouco maior do que um animal não gestante e também deve aumentar a ingestão de água. “O ideal é que a fêmea se mantenha 10% acima do peso que tinha antes da gestação. É importante o uso de suplementos para estimular a produção do leite e algumas vitaminas como cálcio. No caso de ninhadas muito numerosas ou fêmeas pequenas que estejam produzindo muito leite, o tutor deve ficar atento a eclampsia, ocorrendo devido ao alto consumo de cálcio para produção de leite”, afirma Bianca. 

 

As novas mamães podem amamentar suas ninhadas por cerca de 6 a 8 semanas, entretanto os filhotes podem começar a provar alimentos sólidos a partir da 3ª ou 4 ª semana de idade. É importante reduzir gradualmente a ingestão de alimentos das fêmeas, à medida que os filhotes se tornam desmamados, até as mamães alcançarem novamente a quantidade pré-gestacional.

 

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