Animais ajudam no tratamento de pacientes internados em hospitais

É cientificamente comprovado que o uso de animais na terapia melhora a autoestima de pacientes internados e ajuda no tratamento de doenças. Esse tratamento se chama Terapia Assistida por Animais (TAA), e pode envolver várias espécies de animais – as mais conhecidas são cães e cavalos, mas também podem ser usados gatos, aves e até répteis.

 

A psicóloga Wilma Mendes afirma que a terapia com animais pode ser benéfica para qualquer pessoa, em diferentes situações de vida, mas é especialmente indicada para crianças. “Os animais são, para as crianças, como uma  fonte  de  amor  incondicional  e lealdade, principalmente diante de punições. No ambiente hospitalar, elas ficam mais colaborativas, alegres e motivadas. Nos adultos, as pesquisas mostram que diminuem a tensão e estresse e que os pacientes ficam com maior tendência a sorrir”, afirma a psicóloga. “Estudos mostram também, que a presença de animais diminui o tempo de internação, interferindo, inclusive, no humor das equipes de enfermagem e médica.”

 

Há vários exemplos no Brasil de hospitais que aceitam animais no tratamento de pacientes. Em São Paulo, um deles é o Projeto Cão Terapia, que acontece no Hospital Estadual Vila Alpina desde dezembro de 2017. Trata-se de uma parceria com o IBETAA (Instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais) que visa promover um olhar diferenciado e humanizado do ambiente hospitalar aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. As visitas acontecem no Pronto Socorro, Ambulatório e Unidades de Internação com duração de 1 hora e uma média de 30 pessoas por vez. São acompanhadas por voluntários treinados pelo Instituto e monitoradas pelo grupo de Humanização.

 

Com formato similar, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia oferece o projeto Atividade Assistida por Animais (AAA), promovendo entretenimento, recreação, socialização e distração por meio do contato dos animais com os pacientes. Foi iniciado em 2006, com a missão de humanizar a unidade pediátrica e, em 2017, expandido para setores de internação adulta. As visitas ocorrem semanalmente, com equipes de voluntários divididos em dois grupos para atender adultos e crianças simultaneamente, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.

 

“São efetivos os benefícios fisiológicos e psicológicos, como a melhoria do padrão cardiovascular, pressão arterial mais baixa, aumento de endorfinas e ocitonias e diminuição nos níveis de ansiedade do paciente”, comenta o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.

 

Na rede de saúde municipal, a visita de pets a pacientes internados é uma ação da Prefeitura de São Paulo em conjunto também com o IBETAA, e é recente: teve inicio em maio. O projeto tem como proposta a humanização do tratamento, levando os pets para os quartos dos hospitais para fazer companhia e ajudar no processo de recuperação dos internados. Vale lembrar, que os animais que fazem as visitas não pertencem aos próprios pacientes. Até o momento o Hospital Menino Jesus, o Hospital Moysés Deustch (M’Boi Mirim) e o Hospital Santa Marcelina Cidade Tiradentes dispõem deste serviço.

 

Todos os animais autorizados a entrar nas dependências hospitalares passam por rigoroso controle de saúde. Eles são avaliados por veterinários e só entram mediante comprovante de estado de saúde e carteira de vacinação obrigatória para raiva, giárdia, tosse dos canis e vacinas V8/V10.

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