Uma alimentação adequada é fundamental para a saúde de qualquer pet. A vantagem é que hoje o mercado oferece opções nutricionalmente completas, uma vez que existem normas que determinam que as rações devem ser balanceadas de acordo com a necessidade de cada animal.
Não é diferente com os peixes, cuja dieta pode ser composta apenas com a ração apropriada para cada espécie.
A médica-veterinária Shyrlei Braith Bertorello, consultora técnica e gerente comercial da Aquática Brazil, em Diadema (SP), reforça que todas as rações são nutricionalmente completas e balanceadas, ainda que haja diferentes qualidades de ingredientes e formulações. Na hora da compra, é essencial escolher o produto adequado aos animais do seu aquário.
“A maioria das marcas do mercado separam os tipos de ração de acordo com a espécie, como peixes tropicais, carnívoros, kinguios, entre outros. Também é preciso escolher entre alimentos que flutuam ou não porque algumas espécies se alimentam apenas na superfície. Essas informações vêm na embalagem e a pessoa deve escolher de acordo com o grupo de peixes do aquário”, detalha Shyrlei.
Não há regras em relação à escolha entre o alimento em flocos ou granulado. O único requisito é que ele seja proporcional ao tamanho da boca do animal. Inclusive, a especialista orienta que o dono mude a textura de vez em quando para promover o enriquecimento ambiental, uma vez que, na natureza, os peixes consomem alimentos de diversas texturas e tamanhos.
O mesmo vale na hora de selecionar o tipo de ração – básica, de coloração ou vegetal, por exemplo –, que podem ser usadas em horários ou dias alternados em prol da saúde dos animais. A dieta de algumas espécies também pode ser enriquecida com vegetais, como folha de espinafre e ervilha, além de insetos liofilizados, de acordo com a orientação de um médico-veterinário especializado.
Quantidade e frequência ideais
Trata-se de um mito que os peixes comem até explodir caso haja alimento demais no aquário. Porém, a médica-veterinária explica que o ideal é colocar a ração aos poucos no recipiente porque os excessos prejudicam a qualidade da água, podendo levar ao adoecimento e até mesmo à morte dos animais. A dica é ir colocando pequenas porções e parar quando o peixe começar a comer mais devagar.
“Assim como os seres humanos, uns comem mais e outros menos. O ideal é observar a saciedade e só colocar o que o peixe vai comer na hora porque, ao contrário de outras espécies, como cães e gatos, os peixes só comem no momento que o alimento é colocado. E a ração que sobra mata o aquário e degrada o oxigênio. Então, é preciso remover quaisquer resquícios com uma rede ou sifão específico”, explica Shyrlei.
Portanto, mesmo que o aquário tenha um alimentador automático, é preciso estar sempre atento para garantir que a quantidade de ração que está sendo liberada está sendo totalmente consumida pelos animais. A recomendação é que esse tipo de dispositivo seja usado apenas em caso de ausência do dono, como viagens, já que cada grupo de peixe se comporta de uma maneira.
Não há regra fixa sobre a frequência ideal para a alimentação dos peixes.
“O ideal é que seja pelo menos duas vezes ao dia. Mas, se a pessoa tiver disponibilidade, pode oferecer o alimento mais vezes, sempre colocando aos poucos para não sobrar”, afirma a especialista. Eventualmente, se o aquário não puder ser alimentado em um determinado dia, é preferível que os animais fiquem em jejum do que deixar ração extra para eles.