A domesticação dos animais é algo milenar na história da humanidade. No início, o objetivo era facilitar o trabalho, locomoção e a caça. Hoje em dia, um animal doméstico tem como principal função a companhia. Dessa forma, aumentou a compreensão e a comunicação entre as espécies. Hoje vivemos uma etapa ainda mais rica nessa relação, que é a de termos cachorros, gatos, pássaros e até répteis de estimação, como parte da família.
Um dos benefícios mais comuns em se ter um pet em casa é o aumento da autoestima, assim como melhoras na interação social. Além dos benefícios da saúde mental, os pets também trazem saúde física, como a redução de problemas cardíacos e a diminuição do estresse em famílias que têm bichos de estimação. Isso acontece porque hormônios, como ocitocina, serotonina e dopamina são liberados durante as atividades cotidianas, aumentando a satisfação dos cuidadores.
Famílias que mantêm animais no lar tendem a gastar menos dinheiro com remédios. Hospitais já admitem que pacientes, inclusive os que estão em unidades semi-intensivas, recebam visitas de seus bichos.
Dentre os benefícios da terapia assistida por animais (TAA) estão a diminuição da ansiedade, pressão arterial, depressão, percepção de dor, além da melhora na motricidade e aumento da frequência cardíaca. Em relação à saúde emocional, os benefícios observados são a ludicidade (cria possibilidades de brincadeiras), melhora da autoestima, ajuda a entrar em contato com a realidade, melhora em quadros de agressividade, a socialização e aumento da aceitação em participar das atividades.
Saindo dos pets mais comuns, cachorros e gatos, as TAA’s também têm alcançado importantes índices de sucesso. Por exemplo, de crianças com Transtorno do Espectro Autista ou com Síndrome de Asperger tratadas com a observação de peixes em aquários. Esse contato costuma acalmá-las, estimulam seu raciocínio, a coordenação motora, a comunicação e o conhecimento do próprio corpo e do espaço.
Aves, como as calopsitas, têm sido usadas para tratamento de crianças com síndrome de Down. Esse contato com um ser bem frágil e diferente desenvolve nelas, ao mesmo tempo, a identificação e o senso de responsabilidade. Outros tratamentos com animais beneficiam portadores de déficit de atenção. O que provoca normalmente os avanços é a possibilidade da interação pelo toque e pela observação, com a criação de um vínculo emocional.
Logo, não importa qual animal de estimação se adequa à sua vida, o que vale sempre é o cuidado e os sentimentos que nascem com sua chegada: carinho, admiração, um senso de compreensão do diferente e companhia.