Quem tem pet em casa sabe como é importante escolher uma alimentação adequada e nutritiva. Contudo, diante da variedade de opções disponíveis no mercado, é desafiador determinar qual se adapta melhor às necessidades individuais de nossos bichinhos.
Vamos começar com a diferença entre alimentos secos e úmidos.
- A quantidade de água presente em alimentos úmidos, como sachês, latinhas ou comida natural é, em média, cerca de 70%. Essa alta umidade pode ser extremamente benéfica para os animais, favorecendo a diluição urinária e prevenindo problemas como a formação de cristais de pedras na bexiga e rim.
- Já o alimento seco, mais popular, tem preço mais acessível e maior facilidade de armazenamento, além de ajudar na limpeza dos dentes do pet. A mastigação dos grãos secos auxilia na remoção de placa e tártaro dos dentes, reduzindo o risco de doenças periodontais.
Há também a dieta natural, que deve ser prescrita por médicos-veterinários especialistas em nutrição animal, como a Dra. Shelly Oliveira, da Nutrivet.
“A capacidade de personalizar a dieta de acordo com as necessidades individuais do animal é uma vantagem significativa, algo que não é possível com rações padronizadas”, comenta a especialista. Outra alternativa é oferecer esse tipo de alimento para pets com dificuldades alimentares que não se adaptam ao pet food padronizado.
“Entretanto, é bom observar que as rações comerciais também evoluíram. Hoje marcas oferecem produtos livres de conservantes e corantes, por exemplo, com ingredientes de alta qualidade. Essas opções podem ser uma escolha viável para quem não pode optar pela alimentação natural. É importante observar o rótulo de ração para identificar os ingredientes que o pet irá consumir”.
Outro fator que auxilia na escolha do alimento é a idade e características do pet. As rações comerciais são formuladas com diferentes teores de nutrientes para atender às necessidades específicas do animal. Por outro lado, na dieta natural, a personalização é a chave, não havendo restrições baseadas na idade, mas sim nas necessidades individuais de cada animal.
“Para ajudar a fazer a melhor escolha, é crucial consultar um especialista da sua confiança, pois somente ele pode orientar sobre a quantidade ideal de refeições e a transição adequada entre diferentes tipos de alimentação. Essa orientação evita mudanças abruptas que podem causar desconforto e problemas de saúde nos animais”.
Outros tipos de dieta
A Dra. Shelly adverte sobre os potenciais riscos associados às dietas cruas. “Se o dono não faz congelamento profilático, não sabe a procedência dos alimentos isso pode aumentar os riscos de contaminação bacteriana, porém quando há um profissional que saiba trabalhar com essas dietas e que saiba fazer todas as orientações, esses riscos podem ser minimizados. Seguir as orientações de um profissional habilitado pode reduzir significativamente essas preocupações”.
- No caso de cães, independentemente do tipo de alimentação escolhido, é crucial garantir que o alimento seja rico em proteínas, pois são animais que tem a carne em grande parte da sua dieta por natureza. As proteínas são essenciais para a saúde e o bem-estar geral do animal, independentemente de sua raça ou função.
É importante evitar alimentar os pets com restos da alimentação humana, pois as sobras da mesa não garantem os nutrientes necessários para o cotidiano do animal. Além disso, o cardápio da família pode incluir ingredientes que são tóxicos para os animais.
Além da nutrição, outros cuidados fundamentais para a saúde do animal incluem manter a carteirinha de vacinação atualizada e realizar check-ups regulares.
Observar se o seu bichinho está se hidratando adequadamente, lembre-se de manter o recipiente sempre limpo com água fresca. Garanta que o pet tenha um ambiente propício para o descanso, pois a qualidade do sono contribui para reduzir o estresse.
Por fim, manter o peso ideal e evitar a exposição a toxinas são práticas indispensáveis para promover uma vida longa e saudável ao seu companheiro peludo.