Os coelhos não são símbolo de fertilidade à toa: a cada gestação nascem, em média, sete filhotes e, logo após o parto, a fêmea já fica fértil novamente. Para evitar a superpopulação, muitos donos optam pela castração.
Em fêmeas, outra vantagem da castração é evitar a gravidez psicológica e diminuir as chances de desenvolvimento de tumores no útero. Para os machos, o principal benefício é a diminuição da agressividade. Em ambos os gêneros, nota-se a redução da necessidade de demarcação de território com urina.
O ideal é programar a castração entre o 4º e o 6º mês de vida. “As fêmeas devem ser esterilizadas a partir dos seis meses de idade. Os machos podem ser castrados assim que os testículos descerem, por volta dos três meses e meio”, explica o Dr. Rui Patrício, especializado em animais exóticos.
O procedimento é simples, especialmente nos machos, e o coelhinho já deverá estar em casa no mesmo dia. Antes da cirurgia, o veterinário pode pedir exames pré-cirúrgicos, como o ultrassom. Pergunte sobre a possibilidade de os pontos serem intradérmicos, ou seja, feitos por debaixo da pele, o que evita que o bichinho tente retirá-los com os dentes.
Por efeito da anestesia, alguns pets podem ficar um pouco apáticos e quietinhos por um ou mais dias, por isso é importante ficar de olho nas reações do seu coelho e tirar todas as dúvidas com o veterinário. Evite também deixá-lo solto logo após a castração para que ele não se movimente muito.
O pós-operatório costuma ser bem tranquilo. Só garanta a limpeza frequente da gaiola para evitar infecções. Caso haja medicação, como analgésicos e anti-inflamatórios, siga à risca as recomendações do veterinário.
Por Paula Saldanha