Quando imaginamos um aquário, geralmente, a imagem que projetamos envolve um ambiente tranquilo, com peixes sossegados nadando para lá e para cá e plantinhas balançando com o movimento da água. No entanto, na vida real, pode acontecer do aquário virar um campeonato de UFC, com peixes se agredindo o tempo todo. E o que fazer quando isso acontece?
Para lidar com as brigas é muito importante observar o mundo dos peixinhos. Tente perceber se há agressividade na atitude dos peixes. “É possível identificar quais são os peixes agressivos apenas observando o comportamento e conhecendo a biologia do animal em questão”, orienta Renato Leite Leonardo, médico veterinário especializado em clínica médica e cirúrgica de animais silvestres e exóticos, responsável pela empresa Doctorfish, em São Paulo.
Dr. Renato explica que “o conflito pode surgir a partir da incompatibilidade dos animais”. Segunde ele, “é importante ter um aquário com dimensões ideais para que os peixes cresçam sem disputar território com outras espécies e que tenham uma alimentação adequada para que todos consigam seus nutrientes. Evite a presença de espécies de diferentes tamanhos. Uma vez ocorrendo os conflitos, os animais podem se agredir e, até mesmo, levarem-se a óbito”, alerta.
Desta forma, é primordial pesquisar, tirar dúvidas com profissionais e montar o aquário de acordo com as características das espécies. “Devemos ter cuidado ao introduzir os animais. É preciso escolher aqueles que sejam de mesma espécie e que tenham tamanhos semelhantes. Uma vez o aquário estabilizado de forma correta, dificilmente o proprietário terá grandes problemas”, explica o médico veterinário.
Em suma, para manter um aquário tranquilo e saudável, Dr. Renato recomenda “conhecer o comportamento do cardume, evitar a superlotação, alimentar de forma correta e sem excessos, possuir um aquário de dimensões ideais para a quantidade e tamanho dos peixes, possuir tocas para que os animais menores ou acuados possam sem esconder e, assim, evitar o estresse das brigas”.
“É importante comprarmos os animais em uma loja especializada, onde o lojista capacitado poderá dar as informações corretas para que não ocorra incompatibilidade entre os peixes”, ressalta o especialista.