Será que seu cão precisa de terapia?

Móveis destruídos, latidos incessantes, xixi em cima da cama, mordidas por brincadeira e problemas nos passeios. Estas são situações relativamente comuns que desafiam as pessoas em seu limite até o momento em que dizem “chega!”. Segundo o educador canino e fundador da Pet Moderno, Luiz Henrique Venâncio, a vida ao lado dos cães pode e costuma ser maravilhosa, mas lidar com problemas como agressividade, fobias, ansiedade por separação ou falta de socialização é uma tarefa difícil para qualquer família.

Independentemente da presença de um adestrador, todo cão é treinado. O educador canino afirma que os cães estão aprendendo o tempo todo, desde o momento em que os tutores são recebidos com pulos e estes o recompensam com carinho, até quando desistem de ignorar seus latidos e brincam de bolinha. Dessa forma, o adestramento ou a consultoria comportamental, guiados por um profissional capacitado, só vêm a somar e tornar este processo mais consciente. São dadas todas as orientações para que a família aprenda como ensinar bons hábitos ao cão no dia a dia e contribua para ele exercitar comportamentos saudáveis.

O mundo ideal, para a maioria dos tutores, seria ter um cão capaz de se relacionar bem com pessoas e outros cães, sem medo de chuva ou fogos de artifício, que sabe se comportar na hora do passeio e não apronta enquanto o tutor está fora de casa. Tudo isso é possível se for dedicado tempo e atenção ao animal, seja por meio de um adestrador profissional ou não. Mas se o animal se contrapõe a alguma destas características, ou seja, tem problemas de convivência, tem fobia de chuva ou fogos de artifício, fica ansioso ou agressivo diante de outros cães e estímulos externos, destrói os móveis na casa ou demonstra estresse quando o tutor está fora de casa, ele pode estar precisando de ajuda. “Esses comportamentos caracterizam uma perda na qualidade de vida e bem-estar do cão e merecem ser investigados. Um comportamento desses é motivado por algum fator e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não ‘passam com o tempo’. Em muitos casos, os comportamentos indesejados evoluem para quadros nos quais o cão precisa até de medicação para que o treinamento possa surtir efeito”, afirma o especialista.

Questões comportamentais devem ser levadas a sério e torna-se relevante consultar um profissional para orientar a família a respeito da melhor forma de lidar com a situação. Lembrando que um bom adestrador trabalha em parceria com médicos-veterinários, podendo eliminar possíveis causas físicas para a mudança de comportamento e criando programas de treinamento a serem seguidos por todos na casa. O educador canino também pontua que, atualmente, qualquer tipo de dificuldade pode ser superada somente com técnicas positivas, sem o uso de broncas, sustos e punições que causem medo ou dor no cão. Portanto, a busca por bons profissionais em casos de problemas comportamentais do cão é fundamental, possibilitando melhora no seu bem-estar e na relação com os tutores no cotidiano.

Da Redação
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