Saiba quais são as vacinas obrigatórias para cães e gatos

Vacinar é uma prática importante não só para a saúde de seu animal de estimação, mas também para a saúde de sua família, pois algumas doenças são zoonoses (doenças infecciosas capazes de ser transmitidas entre animais e seres humanos). Por isso, tutores devem acompanhar atentamente a carteira de vacinas de seus cães e gatos.

“A vacinação é muito importante para que os animais cresçam saudáveis e livres de doenças infectocontagiosas. No caso dos cães, a maioria das doenças que as vacinas previnem são fatais. Em gatos, além disso, deixam sequelas irreversíveis”, alerta a médica veterinária Fabiana Pozzuto Poppi, mestre e doutoranda em cirurgia veterinária e proprietária da Clínica Veterinária PoppiVet (www.poppivet.simples.vet.br e facebook.com/poppivetclinvet), em Campinas (SP).

Fabiana lembra que, quando falamos em vacinas “obrigatórias”, na verdade são aquelas exigidas para a emissão de atestado de saúde para viagens nacionais e internacionais. Mas todas as vacinas são muito importantes para a saúde dos bichinhos.

Outra dica para os tutores é checarem se as vacinas que estão sendo dadas em seu bichinho são éticas, ou seja, são aplicadas por médicos veterinários, possuem controle rigoroso de venda, transporte e armazenamento, além de ter lote, validade e atestado de saúde carimbado e assinado por profissional.

Cães

Para cães, as vacinas recomendadas são as múltiplas (também chamadas de polivalentes), que conferem imunidade contra as principais doenças infecciosas que acometem a espécie (ex: hepatite, cinomose, parvovirose, leptospirose). Além destas, os caninos também devem ser vacinados contra a raiva, gripe canina e giardíase.

Gatos

Para gatos, é recomendada a vacina tríplice (contra rinotraqueíte, calicivirose e panleucopenia), quádrupla (inclui a clamidiose) ou quíntupla (inclui leucemia felina). Felinos também devem ser vacinados contra a raiva.

Quando?

“Quanto ao protocolo vacinal das duas espécies, depende do estilo de vida de cada indivíduo e da idade do paciente”, ensina Fabiana. Na média, cães podem ser vacinados a partir da sexta semana e gatos, da nona semana de vida. “Todos os protocolos protegem durante um ano, sendo necessária a revacinação anual durante toda a vida.”

Antes e depois

“No dia da vacinação, passeios, muita brincadeira e banhos devem ser evitados”, sugere Fabiana. “Deixe os animais em local calmo, com pouca luz e sem estresse.”

Segundo a profissional, com o avanço da tecnologia, reações pós-vacinais são incomuns atualmente, mas pode ocorrer dor, aumento de volume no local da aplicação, febre e apatia. Neste caso, o tutor deve entrar em contato imediatamente com o médico veterinário para que seja prescrita a medicação adequada.

“Vale salientar que cães devem ter acesso à rua somente depois da aplicação de todas as vacinas e com guia, na presença do seu tutor. Gatos não devem ter acesso ao quintal, muros, telhados e muito menos dar as famosas voltinhas pelo bairro. Animais vacinados, domiciliados e castrados têm maior expectativa de vida”, afirma.

Como dica final, a médica veterinária também alerta para a importância da vermifugação periódica dos bichinhos.

 

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