Sabia que os felinos também podem participar da TAA?

Estar em uma condição enferma e passar por algum tratamento médico, geralmente, são fatores estressantes para nós e para aqueles que estão à nossa volta. As terapias e atividades assistidas por animais são alternativas contemporâneas e altamente eficazes para reduzir a nossa angústia quando estamos sob estas condições.

O mais comum é encontramos voluntários, uma equipe multidisciplinar e cães trabalhando nessas terapias e atividades. No entanto, os felinos também são bem-vindos no que diz respeito a prover o bem-estar para seres humanos.

Jean-Yves Gauchet, médico veterinário francês, pesquisou o efeito do ronronado dos gatos em 250 voluntários humanos. Ao final da pesquisa, os participantes disseram que se sentiam mais calmos e serenos e tinham menos dificuldade para dormir. O estudo demonstrou que um gato ronronando no colo de uma pessoa a faz “desacelerar”, passar de um estado tenso para o relaxamento, aliviando o estresse e a ansiedade.

“A convivência com gatos auxilia na redução do estresse, da pressão arterial e melhora a qualidade de vida. Gatos também podem ajudar pessoas que sofrem de problemas psíquicos, no sentido de terem responsabilidade sobre uma vida e dividirem seu ambiente com um animal”, esclarece Joice Peruzzi, médica veterinária especialista na área comportamental, responsável pela Associação Gaúcha de Atividade e Terapia Assistidas por Animais (AGATA), do Rio Grande do Sul.

Dra. Joice conta que os felinos “são excelentes companheiros para todas as idades, ajudando a ensinar o senso de cuidado e responsabilidade a crianças e acompanhando idosos em sua rotina doméstica. Dependendo do temperamento do gato, pode ser um auxílio à atividade física, com brincadeiras em casa”.

Vale alertar que é preciso respeitar as particularidades comportamentais da espécie, que tende a não se sentir à vontade em ambientes estranhos. “Por isso, atividades realizadas no ambiente do felino podem ser interessantes, como sessões de terapia na casa do terapeuta com seu gato, leitura para gatos em abrigos de animais etc.”, orienta a médica veterinária.

A especialista explica que “as visitas em instituições com gatos são vistas com ressalva por especialistas em comportamento, por entender que é uma situação estressante e difícil para o gato, por mais tolerante e socializado que ele seja, causando sofrimento ao animal”, ressalta Dra. Joice.

Para que um felino participe de uma sessão de A/TAA, alguns aspectos básicos devem ser observados (assim como acontece com os cães). Os cuidados com a higiene (dentes, ouvidos e unhas) devem ser redobrados. É imprescindível que o gato tenha sido vermifugado e passe pelo controle de ectoparasitas. Os felinos também devem ser vacinados anualmente (quádrupla ou quíntupla felina e antirrábica) e realizar o exame parasitológico a cada três meses.

 

 

 

 

Por: Paula Soncela
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