Quer investir no setor pet? Confira nossas dicas!

O varejo pet nacional movimentou R$ 34,4 bilhões em 2018, uma alta de 4,6% na comparação com 2017. Os dados, divulgados pelo Instituto Pet Brasil (IPB), colocam nosso País como o segundo principal mercado do setor no planeta. Com 5,2% de participação, estamos à frente de Alemanha e Reino Unido, e atrás somente dos Estados Unidos.

A população pet também segue crescendo. A estimativa é que tenha atingido o número de 139,3 milhões – em 2013, segundo IBGE, era de 132,4 milhões. O destaque, claro, fica com os cachorros (54,2 milhões), seguidos pelas aves (39,8 milhões) e gatos (23,9 milhões).

Com tantos números positivos – em constante crescimento -, muitos se interessam em empreender no segmento. Aquela velha dúvida, porém, persiste: como começar?

Para ajudar empreendedores em potencial a entrar no mundo dos pets, o Portal Melhores Amigos ouviu o especialista Ulysses Reis, coordenador do MBA de Varejo da FGV (Fundação Getulio Vargas).

“O mercado pet está em amplo crescimento porque tem duas características muito fortes que a maioria dos mercados não tem”, afirma Reis. “Primeiro, a quantidade de clientes vai aumentar, o que significa que vai ter mais gente comprando. O segundo fator é a diversificação de produtos ou serviços; as pessoas vão consumir mais produtos e mais serviços novos em relação aos que já existem no mercado”.

Abaixo, as principais recomendações do especialista antes de se iniciar no ramo!

Localização, localização e localização
O mercado pet é muito sensível à distancia entre a casa do proprietário e a loja, ou seja, em bairros com maior concentração de pets, certamente há oportunidade de abrir mais lojas. O novo empreendedor que quer abrir uma loja física tem que procurar onde há muitas pessoas com pets e nem tantos estabelecimentos especializados.

E como descobrir onde estão esses mercados? “Pesquisa no Google. Há várias ferramentas de geolocalização para entender o público pet”, recomenda Reis.

Equilíbrio
É preciso calcular bem o mix de produtos e serviços oferecidos ao mercado. Portanto, não se sinta pressionada a oferecer de tudo para todo mundo. Talvez, por exemplo, seja mais interessante, em determinado lugar, apenas vender alimentos e objetos, sem oferecer banho e tosa.

“Organizar bem a variedade de opções pode ser a diferença entre lucro e prejuízo porque muitas vezes, quando há tantas opções, parte do estoque não vende”

De olho nas tendências
Leve em consideração as tendências de mercado. No setor pet, uma das mais conhecidas é a de que a população de gatos vai crescer – aumentou em 8,1% em cinco o anos, o dobro do índice de crescimento de cães.

“Quanto mais pessoas moram sozinhas, e está aumentando a quantidade de lares de um só indivíduo, maior será a possibilidade de que tenham gatos, que são muito mais independentes do que cachorros”, avalia Reis.

Outras tendências: segundo o IPB, o segmento de Pet Food deverá se manter como grande destaque do setor (responde por quase metade da arrecadação), e a presença de pet shops de bairros deve subir (de 31 mil estabelecimentos no País, mais de 25 mil tem esse perfil).

Essas são só algumas tendências. Pesquise outras!

Novos produtos para novos mercados
Um movimento global do mercado, percebido também no Brasil, é a customização de produtos. Excelente oportunidade você colocar sua criatividade em prática.

Outra aposta reside, como já dito, na força do mercado de alimentação pet. “Por sermos um país agrícola, existem muitas frentes para exportação de alimentos, o que inclui o setor de animais de estimação”, conta Reis.

Para empresários que têm interesse no assunto, o IPB (Instituto Pet Brasil), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), gerencia projeto setorial para incentivar exportações de produtos brasileiros do setor pet, com foco em parceiros da América Latina. Atualmente, 75 empresas são apoiadas pelo projeto, 25 das quais são exportadoras.

Aposte na internet – mas tenha cautela
Muitas lojas físicas estão fechando porque estão sendo substituídas por suas correspondentes digitais. O mundo pet, no entanto, é diferente. No final das contas, de nada serve um banho virtual em seu bichinho.

Para o especialista, isso não significa que não possam existir serviços virtuais, “mas o interessante é que, nesse setor, esses serviços são acessórios”. Por ora, o centro de gravidade do negócio pet segue sendo as lojas físicas.

Quero começar! E agora?
Uma dica, antes de abrir sua empresa, é procurar por orientação em sites como o do Sebrae (http://www.sebrae.com.br). Ele tem uma série de dicas e capacitação para novos empreendedores.

Ah, e para saber mais sobre o setor, acesse o site do IPB (http://institutopetbrasil.com). O instituto gerencia, em parceria com a Apex-Brasil, o PDI PET (Programa de Desenvolvimento e Inovação das Empresas do Setor Pet), desenvolvido para auxiliar na competitividade de empresas brasileiras, deixando-as aptas para atender os públicos mais exigentes, seja no Brasil ou no exterior.

O programa é executado 100% à distância, em plataformas seguras e confiáveis. E o IPB não cobra para oferecer o treinamento! Podem participar pet shops, indústrias, distribuidores, clínicas, hospitais veterinários, hotéis e creches pet, criadores, aquicultores, entre outros.

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