Quais são os benefícios de conviver com um cão?

Quem tem ou já teve um cão sabe bem que eles modificam completamente a vida do tutor: estabelecem novas rotinas, exigem atenção diária e, em troca, oferecem um amor incondicional. Segundo a psicóloga Giselle Sucupira, fundadora do Instituto Cão Vida Lui, os benefícios são inúmeros e independem de idade e da condição social.

“A gente percebe a diminuição do estresse no ambiente e o aumento da afetividade e da autoestima do dono. Muitas vezes, o cão se torna ainda um ponto de união da família, que faz programas com o animal. Ele também traz carinho e é um companheiro muito fiel, não importa se você está doente, com raiva, se está descabelado”, diz a psicóloga.

Eles incentivam os tutores a saírem para caminhar e acabam ajudando na socialização com outras pessoas. “Se eu pego um cão e saio para passear na orla de Fortaleza, não consigo andar sem que alguém me pare. O mesmo não acontece se eu sair sozinha”, diz.

Desse modo, crianças tímidas acabam socializando melhor com outras pessoas quando possuem um cão. O mesmo acontece com ou idosos ou quem vive sozinho. “Elas não se sentem sós. Outro benefício é o auxílio à pessoa que tem depressão, porque eles fazem com que a pessoa se sinta útil e necessária para esse animal que depende dela. Muitas vezes, levantam da cama para cuidar do cão, dando sentido à vida”. Um cão na família pode trazer inúmeros benefícios para os membros dessa, desde a afetividade até a mudança de valores.

Em sua instituição, Giselle trabalha com cães terapeutas, treinados para visitar pessoas em hospitais, asilos e escolas, mas diz que os animais de casa, sem formação específica, também podem ser grandes aliados em tratamentos de saúde para aquele núcleo familiar.

“Um cão preparado para terapia assistida precisa de outros requisitos. Esses já necessitam de treinamento especifico. Eles sabem lidar com todas as pessoas, com situações de estresse, com lugares com muita gente e respondem de forma equilibrada. São diferentes de um cão da família, que também traz muitos benefícios, mas atuam de forma diferente. De qualquer modo, hoje em dia alguns médicos já reconhecem o valor do amor incondicional do cão”, diz.

 

Giselle destaca, no entanto, que o primeiro passo para perceber esses benefícios é estar preparado para receber o pet. Desse modo, é essencial que todos concordem com a chegada do animal, para que ele não vire um ponto de conflito na família. O segundo ponto importante é pesquisar bem as características de cada raça, que deve ser adequada ao estilo de vida de seu tutor.

“Um Border collie, por exemplo, é um cão muito ativo e, se não tiver muitas atividades, pode acabar ficando agressivo. Uma pessoa que fica o dia fora de casa trabalhando não pode ter uma raça que tenha facilidade de desenvolver transtorno de ansiedade, o ideal é um cão mais independente. Tudo isso deveria ser avaliado antes de se adquirir um animal”, explica.

O passo seguinte é entender a adaptação e aproveitar o contato com o seu novo amigo. “Eu costumo dizer que os benefícios de ter o cão são inúmeros, especialmente quando a família ultrapassa a fase de adaptação. Um filhote não sabe ainda onde fazer as suas necessidades, não tem controle total dos instintos. É necessário ter paciência para ensiná-lo. Então, se você chegar à ‘adolescência’ do seu cão, vai ter um grande companheiro na vida”, diz a psicóloga.

 

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