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Pet atropelado, e agora?

Duas situações que quem ama pets não quer passar de jeito nenhum: em primeiro lugar, atropelar um pet; e em segundo lugar, ver um bichinho atropelado. Além de alguma noção de primeiros socorros, é preciso conhecer alguns procedimentos básicos caso isto aconteça, pois eles podem ser fundamentais para salvar uma vida. Marcelo Quinzani, médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, dá dicas para lidar com a situação da melhor maneira.

Em ambos os casos, a primeira providência deve ser sinalizar a via com triângulo e luz de alerta do carro. O objetivo é evitar outros atropelamentos e mesmo batidas de automóveis. “Temos que diminuir a velocidade de outros carros para fazer um resgate seguro”, alerta o veterinário.

O segundo passo é aproximar-se do bicho com muito cuidado, pois ele provavelmente estará extremamente assustado e com dor. “Um cão nestas condições pode correr e ser atropelado novamente, ou mesmo causar um acidente com outros carros, e se for tocado ou contido, pode morder”, observa Quinzani, lembrando que a mordida de um animal desconhecido é perigosa e pode transmitir doenças. Então, a recomendação é aproximar-se com calma,falando com o tom de voz baixo e tentando colocar uma guia ou coleira no pescoço do pet (às vezes um cinto que usamos na calça pode substituir),depois disso retirá-lo da rua ou local de trânsito. É preciso providenciar o transporte até um atendimento veterinário para avaliação. Em casos de fraturas, uma maca improvisada poderia ajudar no conforto e segurança do transporte.

Uma dica importante é não esquecer-se de deixar o seu contato no local do atropelamento com moradores ou comerciantes. O bichinho atropelado pode ter fugido e o dono pode estar procurando por ele.

Quinzani observa que, independente do pet, os procedimentos para atropelamento devem ser os mesmos, mas é essencial encaminhar o bichinho para consulta veterinária logo após o ocorrido e a pessoa que resgatou precisa se encarregar dos custos do procedimento. “O animal não pode ser simplesmente deixado em uma clínica ou outro lugar, isto é considerado abandono de animal. Da mesma forma, os custos do atendimento e tratamento são de responsabilidade da pessoa que o resgatou e levou ao veterinário”, destaca Marcelo.

Não existe um serviço público de atendimento emergencial a animais. Se não houver condições de levar o bichinho a uma clínica ou hospital, o ideal é chamar o Centro de Controle de Zoonoses, responsável pela retirada de animais das ruas e esperar por eles até que cheguem ao local.

 

Por Ana Carolina Barbosa
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