Fuga e queda são problemas comuns e evitáveis para aves

Cuidados com as asas e com a proteção do local onde vivem são fundamentais para evitar acidentes

Cada vez mais as aves vêm se tornando aquele bichinho colorido de estimação que faz parte da família. Por conta disso, há um crescente número de clínicas veterinárias especializadas nessas espécies. Assim como qualquer outro pet, a posse responsável é fundamental para se evitar dissabores tanto para o proprietário quanto para o animal. E os problemas mais comuns em aves são as fugas e as quedas.

O médico-veterinário Geraldo Savio Ribeiro constata no dia a dia de sua clínica o aumento de pessoas que adotaram aves como pet, especialmente nos últimos cinco anos. E também o número de acidentes na sequência. “De cada 50 casos de aves que eu trato, 20 são acidentes”, afirma.

De acordo com Ribeiro, uma situação muito comum que leva à queda desses animais está relacionada ao corte das asas, feito de maneira errada. Ele explica a necessidade de se cortar as asas de algumas aves justamente para evitar que elas voem alto e fujam, caso de calopsitas, papagaios, araras, etc. Contudo, é recomendável sempre levá-las a uma clínica veterinária para fazer esse procedimento. “Caso contrário, a ave não consegue ter sustentação e cai com facilidade”, alerta Ribeiro.

Quanto a evitar fugas, o médico-veterinário recomenda a instalação de telas nas janelas, sobretudo se o proprietário mora em apartamento. Para as aves acostumadas a viver soltas dentro de casa, a recomendação é colocá-las à noite em uma gaiola apropriada, pois sua fuga noturna é grave: elas podem ser presa fácil de corujas e gaviões, mesmo nas grandes cidades. Outra recomendação de Ribeiro é tomar cuidado com ventiladores, sobretudo em dias de calor. “Às vezes, o dono liga o ventilador e não percebe que a ave está muito próxima, resultando em acidentes”,  diz.

De um modo geral, o especialista acredita que é melhor levar a sua ave a um médico-veterinário antes de colocá-la em casa, para uma avaliação completa de saúde e indicação de alimentação, higienização, “brinquedos” apropriados, etc. “Quando o dono chega com a ave aqui na clínica, só pelas condições da gaiola eu percebo se o bicho está sendo bem tratado ou não. Antes de tudo, é preciso ter responsabilidade e amor por esses animais”, finaliza.

Da Redação
Veja Também