Tudo o que você precisa saber antes de adotar um cachorro

Quem já passou pela emoção de adotar um bichinho, seja de uma ONG ou resgatando-o das ruas, sabe que a coisa é intensa ─ da maneira mais positiva possível. Quem está pensando em adotar pela primeira vez, “vá na fé”, pois você está prestes a passar por uma das melhores experiências da vida! Mas, antes de tudo, confira o que você precisa saber para se tornar um tutor de cão.

Muitas vezes, o cãozinho que será seu novo pupilo já tem uma bagagem de vida, considerando que o primeiro lar dele foi a rua. “Todos os animais são resgatados das ruas, muitos em estado de quase morte. Nós os tratamos, abrigamos, socializamos e os doamos”, relata Vicente Define, empresário e diretor da ONG Cão Sem Dono de Proteção Animal, de São Paulo.

Além de ter muito amor e carinho para dar, o adotante deve estar ciente de alguns pré-requisitos essenciais para a adoção. De acordo com Vicente, “primeiro, é necessário saber se toda a família aceita um cãozinho, pois ele passará a ser mais um membro dela. É preciso ser maior de idade também. Aqui na ONG Cão Sem Dono, o adotante passa por duas entrevistas: uma escrita e outra presencial”, explica o diretor.

Depois de passar pelo processo de adoção em si, abraçar seu cão e levá-lo para seu novo lar, é necessário fazer um acompanhamento da adaptação do animal e da família. “Fazemos o pós-adoção por meio de visitas e recebimento de fotos enviadas por e-mails – exigência que consta no Termo de Adoção”, conta Vicente.

Pensando na felicidade geral da galera – humanos e animais, elaboramos esta lista de perguntas para você responder sinceramente e avaliar se está realmente preparado para ter um mascote canino.

  • Estou disposto a cuidar do meu pet por anos a fio ou será que estou passando por um momento de carência e depois vou “relaxar” no cuidados com ele?

Um cão, mesmo depois de adulto, requer cuidados diários e jamais será completamente independente de seu tutor. Não adote se você não tem certeza que ficará com o cachorrinho para todo o sempre enquanto durar a vida dele. Adotar e depois dar o animal como se fosse um objeto é extremamente insensível e, apesar de ainda não ser considerado crime, há de ser um dia.

  • Tenho condições de arcar com os gastos da vida canina?

Lembre-se que existem “custos” fixos – como alimentação, vacinação, banho e tosa e passeios (caso você mesmo não tenha tempo) – e outros tipos de gastos, que envolvem consultas veterinárias, procedimentos cirúrgicos (como a castração), exames, adestramento, acessórios (coleira, guia, caminhas), hotel ou pet sitter (quando for viajar), medicamentos e outros itens que podem aparecer subitamente na sua rotina. Tenha sempre uma reserva para as emergências.

  • Estou preparado para ter a dinâmica da casa alterada?

TODOS os membros da casa devem estar de acordo com a chegada do novo membro canino. Funciona como um júri: você só pode realmente decidir adotar quando houver unanimidade na opinião das pessoas. Mesmo que você more sozinho, esteja ciente de que a dinâmica da casa vai mudar e pode ser que os objetos se “desorganizem” um pouco – o que pode ser muito saudável, mesmo que sofrido, para um ser humano bitolado com limpeza e organização, já que a mente humana tende a ficar mais leve  quando tem a companhia de um cachorro.

  • E quando eu viajar?

Você deve sempre planejar previamente o cuidado com seu pet para quando for viajar. Se puder levar o cão junto, ótimo! Se não puder, contrate serviços de hotel ou pet sitter (para TODOS os dias que estiver fora). Ou, ainda, se tiver algum camarada que tope (e goste) de cuidar do seu amigo canino, maravilha! Sempre deixe seu cãozinho sob os cuidados de gente responsável e que goste de animais. Sempre.

  • Meu perfil é de uma pessoa preguiçosa ou mais cheia de energia?

Não minta para si mesmo nessa questão, pois ela é muito importante para rolar uma boa química entre você e seu cão. Caso você seja uma pessoa mais adepta do sofá do que de corridas no parque, um cachorro “elétrico” poderá sofrer com a falta de atividade e causar sérios danos aos seus chinelos, enquanto um cão dorminhoco irá se deliciar em passar horas e horas dormindo ao seu lado. Lembre-se: existem cães e cães e você tem que ter noção se está preparado para dar conta do recado.

  • Adotar realmente é tudo de bom?

Sim! Adotar é mais que tudo de bom! É uma experiência tão rica e inesquecível que faz com que tudo isso que falamos aqui se torne automático e prazeroso na sua vida. A experiência da adoção irá se resumir a curtir o seu novo companheiro de quatro patas e viver com muito mais leveza.

 

 

Por: Paula Soncela
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