Domesticação: faça sua ave se sentir em casa

Quando trazemos um novo membro pra nossa casa ou família, estamos formando um novo grupo e impactando a vida de todos – bichinhos e humanos. E assim como os mamíferos têm o seu tempo para se adaptar a uma nova vida, as aves também requerem alguns cuidados para serem domesticadas e se adaptarem a um novo lar.

Mas, quando se fala em domesticar uma ave, o que isto realmente significa em termos do que um tutor pode fazer? Marta Brito Guimarães, médica veterinária especialista em animais silvestres da VetWings, de São Paulo, vai direto ao ponto: “domesticar uma ave significa ter um convívio próximo a  ela“, sintetiza.

A domesticação das aves se baseia, essencialmente, na conquista pelo estômago. “Isto pode ser feito por meio dos alimentos que ela mais gosta. Por exemplo, se você quer que uma ave saia da gaiola e venha na sua mão, deve manter na mão os alimentos mais apetitosos e com isso garantir que ela o reconheça como algo positivo ou bom”, indica Dra. Marta.

Yamê Miniero Davies, médica veterinária especializada em animais silvestres, também da VetWings, adverte que é preciso ser paciente durante a domesticação. “Não adianta forçar e precisa ter muita paciência. O treinamento deve ser diário. Quanto mais jovem a ave, melhor e mais rápido é o aprendizado. Devemos considerar também a personalidade do animal, pois existem algumas aves medrosas ou mesmo agressivas que dificultarão esse processo”, ressalta a especialista.

Caso você tenha que trocar a gaiola ou vá se mudar de residência, é necessário manter algumas referências para que a ave continue se sentindo em casa. “Para a adaptação a um novo ambiente, é importante manter o máximo possível de objetos que ela reconheça”, orienta Natalia Philadelpho Azevedo, médica veterinária especialista em animais silvestres, igualmente da VetWings.

Portanto, “se for trocar a gaiola, é melhor manter os mesmos poleiros, comedouros, bebedouros e brinquedos. Se for mudar de local, deve-se preservar e manter a mesma gaiola”, frisa a veterinária.

Ficam as dicas, pessoal!

 

 

 

Por: Paula Soncela
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