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Displasia coxofemural: raças propensas e tratamento

Como você pode imaginar, esse “palavrão” do título não é coisa boa. Mas também não é o fim do mundo! Se o seu companheiro peludo foi diagnosticado com displasia coxofemural, não entre em pânico. Ele pode ter uma vida normal e ser muito feliz, desde que o dono siga alguns cuidados básicos. A seguir, vamos explicar tudinho sobre essa doença, sobre quais raças podem ser afetadas, sobre o diagnóstico e, finalmente, sobre o tratamento. Vamos juntos?

O que é displasia coxofemural?

A displasia coxofemural é uma alteração da conexão entre a cabeça do fêmur (osso longo da coxa, que se articula com o quadril) e o acetábulo (cavidade do osso do quadril na qual se articula a cabeça do fêmur), que causa uma instabilidade na articulação. Trata-se de uma doença hereditária que ocorre em cães e, raramente, em gatos. Ou seja, desde filhote, o peludo já tem ou não propensão a desenvolver a doença, pois pode ter herdado os genes de seu pai e/ou mãe. Vários genes podem contribuir para essa alteração, então, ela pode ter diferentes graus de gravidade.

A doença pode ser agravada por vários fatores: rápido desenvolvimento do cão, alimentação em excesso, distrofia dos músculos, muito exercício em filhotes ou desenvolvimento anormal dos ossos. Em casos menos graves, o bicho apresentará dificuldade para andar. Em casos mais graves, ele pode precisar de uma cadeira de rodas por conta da paralisação das patinhas traseiras.

Como prevenir a doença?

Apesar de ser hereditária, a boa notícia é que é possível prevenir o desenvolvimento da displasia coxofemural. Uma alimentação equilibrada e sem excessos é o primeiro passo para evitar a obesidade, que pode agravar a doença. Outras medidas que você pode tomar: evitar pisos lisos onde vive o cãozinho e levá-lo para se exercitar moderadamente, para fortalecer a musculatura dele.

Quais raças são mais suscetíveis à displasia coxofemural?

É importante ressaltar que qualquer peludo pode desenvolver a displasia coxofemural, mas ela é mais comum em raças grandes e gigantes de crescimento rápido. Como dissemos anteriormente, é uma doença rara em gatos e improvável em cãezinhos com menos de 12 kg. A seguir, confira as raças com maior incidência da doença:

  • Akita Americano
  • Akita Inu
  • Golden Retrivier
  • Fila Brasileiro
  • Labrador Retrivier
  • Pastor Alemão
  • Pit Bull
  • Rottweiler
  • São Bernardo
  • Weimaraner

Está pensando em adotar ou comprar um filhote de alguma dessas raças? Informe-se com o criador se a família daquele cão possuía a doença – ele pode até te apresentar um certificado que comprova a ausência de displasia nos pais e nos avós.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da displasia coxofemural variam muito, mas, em geral, começam a aparecer entre os quatro e seis meses de idade. O filhote começa a mancar discretamente, até que o quadro evolua para a paralisia das patas traseiras, quando o animal perde a capacidade de se locomover.

Preste atenção no andar do seu cãozinho e observe se ele manca, cambaleia, joga o peso do corpo para as patas dianteiras, se suas costas estão arqueadas e se ele sente dor. Estes são os sintomas mais comuns da doença.

Como é feito o diagnóstico?

Observou os sintomas acima e suspeita que o seu peludo tenha desenvolvido a displasia coxofemural? Leve-o ao veterinário, que poderá fazer uma avaliação clínica e pedir radiografias para diagnosticar a doença. O Raio X pode ser feito em cães de pequeno porte com pelo menos 12 meses de idade e em cães de grande porte de 18 meses, quando se encerra o processo de crescimento do cãozinho. Segundo as Normas do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, o diagnóstico definitivo só pode ser feito com 24 meses de vida do animal.

Independente do resultado, não se desespere. Como você verá a seguir, o seu peludo pode ter uma vida normal e muito feliz mesmo com displasia coxofemural, desde que você siga alguns cuidados.

Como funciona o tratamento?

 Seu médico veterinário de confiança vai avaliar qual é a melhor opção para o grau de desenvolvimento da doença no seu amigo de quatro patas. Pode ser tanto um tratamento com anti-inflamatórios, analgésicos, redução de exercício físico, controle de peso e fisioterapia quanto uma cirurgia para casos mais graves.

Nos dois tipos de tratamento, o cão vai precisar de atenção especial do dono quanto à alimentação, aos exercícios físicos e ao controle de peso, já que a obesidade força as articulações. Caso a doença leve à paralisia nas patas traseiras, já existem cadeirinhas de rodas adaptadas para cães e fraldinhas para aqueles que perderam o controle na hora de fazer necessidades.

Mesmo com a displasia coxofemural, o importante é ter em mente (e contar para todos os seus amigos que amam peludos!) que seu companheiro de aventuras pode ter uma vida plena e feliz ao seu lado. E isso, definitivamente, não tem preço.

 

 

Por: Marina Maciel
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