Como lidar com filhotes que estão trocando os dentes?

Ainda filhote, o cãozinho começa a sentir os incômodos da troca dos dentes, de maneira semelhantes aos bebês. Coceira e algum incômodo fazem parte do processo. Para quem convive com o animal, também é um momento que desperta o sentimento de “fofura” nos tutores, mas que exige alguns cuidados.

Em primeiro lugar, a chegada da troca dos dentes vai fazer o filhote procurar materiais que ele possa morder e mastigar. Como os dentes de leite são mais finos e pontiagudos, eventuais mordiscadas nas mãos ou nos pés de tutores e visitas podem parecer até mesmo pequenas agulhas!

“Nessas horas é preciso indicar ao filhote de que não é permitido morder as pessoas, nem os móveis da casa. O adestramento correto serve como lição para toda a vida – explica o médico-veterinário Carlos David Castro – dê um comando firme, mas sem gritar com o animal, para que ele cesse esse comportamento. Em seguida, caso ele obedeça, elogie. Faça um carinho e, se possível, dê uma recompensa, ou um brinquedo apropriado para as mordidas”. O ideal é buscar acessórios novos e próprios para filhotes, pois como a troca de dentes causa sangramento, produtos já bastante mastigados podem proporcionar risco de infecções.

A transformação, que leva de quatro a seis meses, faz com que o filhote troque 28 dentes decíduos (de leite) por 42 dentes permanentes.

Febre, pouco apetite e mau hálito podem ocorrer. Em geral, os tutores devem apenas acompanhar esse período pois os dentes caem sem muitos percalços. “Não tente tirar os dentes que estão moles. No caso dos cães, é mais adequado deixar a natureza tomar seu próprio caminho”, esclarece o veterinário.  Não há problema se o animal engolir os dentes de leite. Caso o cão esteja enfrentando muita dificuldade para comer, pode valer a pena oferecer a ração umedecida com água, para facilitar a mastigação.

“Acompanhe a troca de dentição do seu cãozinho do começo ao fim. Um problema, não comum mas possível, é a permanência do dente de leite na gengiva, na ‘vaga’ do dente permanente. É mais comum nos chamados caninos”. Para ajudar, uma possibilidade é brincar com o cão de “cabo-de-guerra”, com uma corda apropriada. Caso a situação permaneça a mesma, consulte um médico-veterinário.

 

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