cachorro no carro

Como levar o cachorro para um ‘rolê’ de carro sem estresse

Seu peludo adora andar de carro com a janela aberta e sentir a brisa? Ou ele é do tipo que treme só de chegar perto do automóvel? Não importa o comportamento do bichinho, transportá-lo de carro não é uma tarefa tão simples e exige alguns cuidados. Há o bem-estar do pet, que tem que estar acima de todas as preocupações, e também leis de trânsito que precisam ser obedecidas. Segundo o artigo 235 do Código Brasileiro de Trânsito, é proibido conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas dos veículos, salvo nos casos devidamente autorizados. O artigo 252 inciso II proíbe o motorista de dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas.

A médica veterinária Yamê Miniero Davies, da Provet, dá algumas dicas para que o passeio com o dog seja agradável e dentro das regras de trânsito. Em primeiro lugar, é necessário atentar-se ao comportamento do animal, conhecer seus hábitos, sua alimentação e seu estado de saúde. Alguns animais podem sentir medo, apresentar agitação ou até mesmo enjoar e ter episódios de êmese (vômito) durante o passeio de carro. Cães que apresentam doenças crônicas, por exemplo, como doenças cardíacas, endócrinas ou renais, ou que já são idosos, exigem mais atenção durante o passeio, sendo este desaconselhado em alguns casos.

Escolha bem os horários

 Outra dica da médica veterinária é a atenção aos horários escolhidos para o rolê. Com o calor excessivo, agitação e local fechado, a temperatura corpórea dos cães pode se elevar muito impedindo o conforto térmico destes animais. Em terceiro lugar, é importante realizar passeios curtos e evitar distâncias longas que causem estresse a eles. As paradas durante o passeio são essenciais para oferecer água ao animal e evitar a desidratação.

Equipamentos

Há diversas opções de equipamentos e utensílios a serem instalados no automóvel e que deixam o passeio mais seguro e agradável: capas protetoras para o estofado do carro, assentos com cinto de segurança e caixas e bolsas de transporte. As indicações de uso variam de acordo com o animal em questão. “Se for agitado, estressado e medroso, o ideal é utilizar a caixa de transporte, no caso de animais tranquilos e acostumados com passeios, podem ser utilizados os assentos com cintos de segurança, deixando-os mais a vontade. Deve-se lembrar que a supervisão dos tutores é fundamental para segurança do animal”, observa Yamê.

cachorros no carro

A médica veterinária da Provet observa ainda que algumas raças merecem atenção especial. “Os cães braquicefálicos, aqueles que possuem focinho curto, como Buldogues, Pugs, Shih Tzu, entre outros, são muito sensíveis à temperatura e ao estresse, e com isso têm mais chances de sofrer colapso de traqueia levando à dificuldade respiratória e desmaios durante o passeio. Desta forma, deve-se evitar os percursos em dias quentes para que não ocorra estresse e agitação excessiva”, diz.

E aí? Preparado para um “rolêzinho” de carro com o seu peludo?

 

Por Ana Carolina Barbosa
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