Como ajudar no parto de uma cachorrinha?

Sua peluda cruzou e está prestes a ter filhotinhos lindos. Você já pensou no que fazer quando chegar a hora do parto? O médico veterinário Marcelo Quinzani, da Pet Care, dá algumas dicas. A primeira coisa a se fazer, segundo o especialista, é estimar a data do parto, que acontece após 60 a 65 dias do cruzamento. “Quando não se sabe o dia em que o animal cruzou, é possível buscar auxílio da idade fetal com exames de raio X de abdome e ultrassom”, aconselha Quinzani.

Sabendo a data provável do parto, é recomendável trocar a dieta da cadela para uma ração de filhote a partir do 45º dia de gestação. Na última semana, a sugestão do especialista é reservar um local tranquilo e protegido da casa para ela fazer seu ninho. Outra medida é isolá-la de outros animais da casa, em especial dos machos. Segundo o médico veterinário, os avisos do parto chegam aos poucos. Nos últimos dias de gestação, observa-se a presença de leite nas mamas e, às vezes, um corrimento vaginal parecido com uma clara de ovo. A cadelinha tende a mudar de comportamento, ficando inquieta e tentando cavar o chão. Nas últimas 24 horas, ela para de comer e a temperatura cai em torno de 1ºC.

Chegou a hora

O tutor reconhece que a cadela está em trabalho de parto pelas contrações. Em no máximo duas horas após o início do parto, os filhotes devem nascer. “Cada filhote tem uma placenta e uma bolsa individual. Entre os filhotes, pode ter um período de ausência de contrações não muito longo. Normalmente, após a expulsão do filhote pelo canal vaginal, a fêmea o lambe, retira a placenta e envoltórios fetais e corta o cordão umbilical com a boca. Neste mesmo momento, o filhote deve chorar e apresentar movimentos. Se colocado junto às mamas, já inicia a amamentação”, explica Quinzani.

O médico veterinário também alerta para problemas que possam ocorrer. Um deles é a interrupção da contração depois do nascimento de um filhote. Se houver outros e a cadela não conseguir parir, a ajuda médica deve acontecer.

Outra possibilidade são as contrações improdutivas, quando depois de um longo tempo de contração os filhotes não nascem, nascem mortos ou as fêmeas não os aceitam. “Tudo pode ser evitado ou minimizado com um pré-natal eficiente”, diz Quinzani. Outros cuidados são a alimentação adequada da fêmea, o monitoramento dos fetos e do tamanho fetal, saber o número de fetos no útero, o tamanho da pelve da fêmea e do crânio do feto. Muitas vezes o parto não acontece pela desproporção do tamanho do feto e/ou da fêmea, ou da posição fetal no canal uterino. Isso pode ser evidenciado pelo exame de ultrassom e raio X.

Quinzani recomenda que o tutor de uma cadela prenha se prepare para esse momento com um kit que contenha luvas de procedimentos e uma tesoura sem ponta, para cortar o cordão umbilical. Tolhas limpas, secador de cabelo e um aquecedor de ambiente podem ajudar a manter os filhotes aquecidos se necessário.

Agora é cobrir a sua peluda de amor e morrer de fofura com os filhotes!


 

Por Ana Carolina Barbosa
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