Cinomose: saber detectar sintomas pode salvar a vida de seu cão

No mundo dos cães, a cinomose é uma das doenças mais traiçoeiras: o contágio é simples, o tratamento é complicado e o risco de morte é alto. Por isso, os tutores devem ter duas coisas bem claras em mente em relação a este tema: vacinação e diagnóstico precoce.

De acordo com Bianca Bennati, médica veterinária na clínica SPet junto à Cobasi Faria Lima SBC, a cinomose é causada por um vírus. A transmissão pode ocorrer de forma direta, com o contato do animal doente com outro animal (por exemplo, quando um cão não vacinado cheira um animal doente), ou de forma indireta (pelo contato do animal com objetos ou ambientes contaminados por animal doente, como grama ou poste).

“A cinomose é uma doença que acomete vários órgãos, por isso, pode haver diversos sintomas. De uma maneira geral, é possível dizer que o cachorro costuma ter diarreia e, depois, secreção nos olhos e focinho, evoluindo para febre e pneumonia. Depois começam os sintomas neurológicos: tremores musculares, parecendo que está com soluço, dificuldade para andar e por fim, convulsões”, ensina Bianca. Também estão entre os sinais da doença: espirro, tosse e ressecamento de patas e focinho.

A profissional alerta que os sintomas e a gravidade deles dependem de vários fatores, dos quais os principais são o tipo do vírus, a imunidade, a limpeza do ambiente em que o animal mora e a idade dele. “Se o animal não tem uma boa imunidade, não consegue enfrentar o vírus e, com isso, vai desenvolver a doença em vários órgãos e acabar morrendo”, afirma a veterinária.

Vacinação

“O tratamento da cinomose é inespecífico e baseado nos sintomas. Por vezes, o tratamento é frustrante”, lamenta Bianca. “Uso de antibióticos, anticonvulsivantes, inibidores de vírus, vitaminas, corticoide e soro são comuns.”

O diagnóstico precoce é essencial para salvar os animais, por isso, o tutor deve procurar um veterinário ao menor sintoma da doença. “Quanto antes os sintomas forem detectados, maior a chance de um tratamento bem sucedido. Após um diagnóstico precoce também podemos começar uma terapia preventiva nos animais que convivem com o doente, evitando assim, que os mesmos adoeçam”, diz a profissional.

“A vacinação é a melhor e mais eficaz forma de prevenção”, afirma Bianca. “Animais vacinados no veterinário e com vacinas de qualidade costumam não desenvolver a doença porque possuem imunidade contra o vírus e, assim, não desenvolvem os sintomas ou ficam doentes – mesmo que tenham contato direto com um animal doente.”

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