Alerta verde: conheça as plantas tóxicas para os cães

Cães são farejadores por natureza e basta colocar um elemento diferente em casa que eles já vão com seus focinhos frenéticos em direção ao objeto. Até aí, nada para se alarmar. Mas quando você coloca plantinhas no ambiente, deve ficar de olho para que o cão não faça um banquete com elas ou entre em contato com sua seiva e corra o risco de se intoxicar.

Em primeiro lugar, é importante entender o que pode levar o seu cão a comer a vegetação da sua casa. “Os cães podem ingerir plantas tóxicas por algumas razões: disfunções digestivas, deficiências alimentares, distúrbios comportamentais ou, simplesmente, por puro tédio. Os filhotes são mais suscetíveis a comerem plantas em razão da curiosidade”, explica Waleska Marques da Silva, médica veterinária especialista em nutrição de cães e gatos.

Segundo ela, cada planta pode causar uma intoxicação com sintomas diferentes. Abaixo, ela lista algumas plantas tóxicas e sintomas que os cães podem apresentar ao ingeri-las. Confira abaixo.

Azaleias: podem ocasionar vômitos, diarreia, salivação excessiva, perda de apetite, fraqueza e, em casos mais graves, coma ou a morte. O seu consumo requer atenção imediata por parte de um veterinário.

Babosa ou Aloe Vera: apesar de ser benéfica para o ser humano, é tóxica para cães e gatos. Provoca vômito, diarreia, espasmos, depressão e mudanças na cor da urina de caninos e felinos.

Comigo-Ninguém-Pode: a ingestão de qualquer parte dessa planta pode causar irritação na cavidade oral, língua e palato, provocando edema labial, causticação (queimação), salivação, esofagite, dificuldade de se alimentar, cólicas abdominais, náuseas e vômito.

Erva-lanceta (Malmequer ou Maria-Mole): é frequentemente encontrada em pastagens, beira de caminhos, clareiras e terrenos baldios. Quando ingeridas pelos animais provocam náusea, vômitos, cólica abdominal, aumento do fígado e do baço, hepatite aguda ou crônica. A exposição aos princípios ativos pode provocar cirrose hepática.

Mamona: suas sementes, ao serem ingeridas, causam ardor e sensação de queimadura na boca e na garganta do animal, além de provocar vômitos, diarreia e sede excessiva. Caso haja ingestão de quantidade superior a 30 gramas corre-se o risco de morte.

Narciso: bastante comum em jardins, o narciso tem nos seus bolbos toxinas perigosas que podem causar diarreias, vômitos, salivação em excesso, convulsões e problemas cardíacos.

Coroa-de-cristo: bastante utilizado como proteção em cercas vivas, tem uma seiva leitosa que causa irritações na pele e, quando ingerida pelo animal, pode gerar irritação na mucosa, inchaço nos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritações e inchaço nas pálpebras, além de náuseas, vômito e diarreia.

Copo-de-leite: pode provocar inchaço nos lábios, boca e língua, náuseas, vômito, diarreia, salivação intensa, dificuldade de deglutição e asfixia. O contato com os olhos pode causar irritação.

Bico-de-papagaio ou “Flor do Natal”: possui uma seiva leitosa que causa irritações na pele e nas mucosas, inchaço nos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e alteração temporária da visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

Pinhão-roxo: pode causar náuseas, vômito, cólicas abdominais, dificuldade respiratória, arritmia e parada cardíaca.

Saia-branca: causa secura na boca, taquicardia, dilatação das pupilas, agitação, alucinação e, dependendo da quantidade ingerida, pode levar a óbito.

Dra. Waleska ainda alerta que, “se não for feita uma investigação correta no momento da consulta ou se o proprietário não tiver visto o cão ingerindo a planta tóxica, as intoxicações podem ser confundidas com doenças infecciosas”. Portanto, fique de olho se houver presença de restos de folhas no ambiente junto ao vômito ou fezes dos cães.

“Ao constatar que o animal ingeriu uma planta tóxica, leve-o ao veterinário para que seja feita uma avaliação e, assim, o profissional tomar as medidas cabíveis para cada caso. Lembrando que os proprietários devem sempre trabalhar com a prevenção, não permitindo que seus cães e gatos tenham acesso às plantas tóxicas”, conclui a especialista.

 

 

Por: Paula Soncela
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