A neoplasia cardíaca em cães

Idade, tamanho e raça são fatores que podem aumentar a chance de um grave problema de saúde atingir os cães. A neoplasia cardíaca, que são tumores no coração, não é comum na rotina clínica de pequenos animais e jovens.

Ocorre geralmente em cães idosos, embora possam ser diagnosticados em cães jovens, dependendo do tipo de neoplasia. Dentre as raças mais acometidas estão os bulldogues, golden retrievers, poodles e boxers.

Os tumores cardíacos causam efusão pericárdica, que é o acúmulo de líquido entre as membranas que revestem o coração. Esta condição prejudica a função cardíaca e pode resultar em insuficiência cardíaca congestiva.

Os sintomas das neoplasias cardíacas são, geralmente, inespecíficos. Podem ser notados perda de peso, apatia, intolerância ao exercício e aumento de volume do baço e do fígado.

“O diagnostico é feito com base no histórico, exame físico detalhado que pode nos revelar alterações da ausculta cardíaca, edema em membros, acumulo de líquido na cavidade abdominal e pulso venoso jugular”, afirma o médico-veterinário José Eduardo Silveira Coutinho.

O veterinário também explica que podem ser feitos exames de imagem, como raio-X de tórax, ecodopplercadiograma e tomografia. Estes podem demonstrar o acumulo de líquido e sugerir a presença de alguma massa no órgão.

Tratamento

No tratamento, primeiro deve-se estabilizar o cão, caso encontre-se descompensado, e então fazer a drenagem da efusão pericárdica, o que deve aliviar os sintomas.

“Mas essa é uma medida paliativa, devido a grande possibilidade de formação de novo acumulo de líquido. Dessa forma, de maneira geral se faz indicada uma pericardiectomia, que é a remoção total ou parcial do pericárdio, para se evitar recidivas”, afirma José Eduardo.

Algumas massas são passíveis de remoção cirúrgica. No entanto, isso pode não alterar o prognostico do caso (dependendo do tipo de tumor). E pode-se fazer também quimioterapia.

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